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Tecnologia
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 06:50

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O maior ponto fraco na segurança dos computadores não está no hardware ou no software, mas nas pessoas que usam as máquinas, segundo "hackers" e especialistas. A segurança "é mais um problema humano do que técnico", resumiu Dan Kaminisky, da Dox Para Research, na maior conferência da indústria de informática, a DefCon, que terminou no domingo em Las Vegas.

Gerentes de redes presentes na conferência contaram que funcionários freqüentemente deixam senhas em papéis colados nas máquinas ou debaixo dos teclados e que compartilham códigos de acesso secretos com colegas. A famosa herdeira Paris Hilton tinha vários números de contato de amigos famosos armazenados em seu celular que alguém conseguiu invadindo o aparelho, usando uma senha previsível: o nome de sua cadelinha de estimação, brincaram os participantes da DefCon.

Um dos salões da conferência tinha uma parede lotada de inúmeros nomes e senhas obtidos em computadores pela internet. Uma camiseta popular entre os participantes da DefCon traz a citação do lendário "hacker" Kevin Mitnick, cujos famosos ataques se baseavam mais em manipular pessoas que em softwares.

"Especialista em engenharia social porque não há conserto para a estupidez humana", diz a citação. Segundo agentes federais, a internet está cheia de fraudadores que enviam mensagens eletrônicas e desenham sites para enganar as pessoas com a finalidade de que estas dêem suas informações pessoais. Os hackers levam as pessoas a baixar códigos ocultos que lhes permitem tomar o controle dos computadores infectados, acrescentaram as fontes.

Uma vez dentro dos computadores, os criminosos podem vasculhar a máquina por alguma informação pessoal valiosa, atacar outras máquinas ou até mesmo usar o disco rígido de uma pessoa acima de qualquer suspeita para armazenar informação ilegal, advertiram. A crença de que algo bom demais provavelmente não é verdadeiro deveria virar mantra na internet, disse Brad Smith, psicólogo especializado em técnicas de linguagem manipuladora, denominadas programação neurolingüística.

"Você não é o milionésimo visitante, seu parente na Nigéria não acaba de morrer, deixando uma fortuna em uma conta bancária escondida", brincou Smith. "Você não ganhou a loteria em algum país estrangeiro. E preencher um formulário com todo tipo de informação pessoal não vale a pena, mesmo que consiga os US$ 5 que prometem", acrescentou, fazendo alusão a algumas das muitas mensagens usadas para atrair internautas para verdadeiras armadilhas digitais.




Fonte: AFP

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