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Economia
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 06:31
Por: Sheila Fontes

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Fazer compras aos domingos na região central de Cuiabá ainda não se tornou hábito entre os consumidores. As poucas lojas que se arriscam a funcionar não contabilizam ganhos extras na receita.

Segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio de Tecidos, Confecções e Armarinhos (Sincotec), Roberto Peron, existe a tentativa, regulamentada por lei, de se mudar a cultura local para a realização de compras nesse dia. “O que o comércio quer é que as pessoas que não têm tempo durante a semana possam sair aos domingos e encontrar opções de compra”, argumenta.

O desgaste dos funcionários é uma das principais reclamações do Sindicato dos Empregados do Comércio de Cuiabá e Várzea Grande, que representa cerca de 30 mil trabalhadores. “Como é uma Lei, o trabalhador só perde, já que a compensação da folga em um dia da semana não representa benefício”, contesta o presidente da entidade Saulo Silva. O sindicato diz que estuda meios de propor ao Ministério do Trabalho mecanismos que proíbam essa prática.

As compras aos domingos, como defendem os lojistas, são uma forma de fomento à economia, mas para isso se consolidar precisamos da revitalização da região. “A reestruturação do centro comercial de Cuiabá é fundamental para aquecer o comércio, que precisa de atrativos para conquistar esses clientes”, defende Peron.

TERMÔMETRO -- A City Lar, uma das maiores lojas de eletrodomésticos do Estado, optou por não abrir sua loja do centro aos domingos, mas abre a loja localizada na Avenida Fernando Correa. Segundo a assessoria de imprensa da loja, o retorno financeiro é visível, porém o atrativo são as promoções. Para eles, a loja do centro não agrega opções de lazer e serviços, que geralmente são buscados por quem sai de casa aos domingos.

O empresário Paulo Gasparotto, que possui quatro lojas em Cuiabá, diz que, apesar do domingo proporcionar opções de compras a quem não tem tempo, o comércio central está altamente prejudicado em função da falta de estrutura. “A principal rua, que é a 13 de Junho, está praticamente abandonada, não há estrutura para atender aos deficientes e a aparência não atrai o público”, avalia.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), José Alberto Aguiar, diz que a lei que desregulamentou o comércio dá a cada lojista a opção de abrir ou não seu estabelecimento aos domingos. “A Lei é clara: se não for feriado e se o comércio estiver trabalhando de acordo com as leis trabalhistas, está tudo certo”, aponta. Segundo Aguiar, a CDL não possui nenhum tipo de dado que revele com precisão o volume de lojas que aderiram à proposta de abertura aos domingos e desconhece a existência de algum indicador que possa mensurar o desempenho das lojas nesse dia especial de abertura.




Fonte: Diário de Cuiabá

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