Lei para poupar energia na China atingirá setor da construção
O Comitê Financeiro e Econômico da Assembléia Nacional Popular (principal órgão legislativo) e a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento estão revisando a lei, que, embora tenha entrado em vigor em 1997, não proibiu nenhum dos projetos imobiliários chineses com óbvio desperdício energético.
A revisão desta lei reforçará a supervisão e incluirá incentivos para a poupança e medidas punitivas para o desperdício de energia.
A atual lei de poupança de energia se concentra no setor manufatureiro, enquanto a nova emenda afetará também a construção de edifícios particulares, governamentais e públicos e o setor de transporte, entre outros setores.
A meta do governo para 2006 é reduzir o consumo de energia em 4% por unidade de Produto Interno Bruto (PIB), algo que parece impossível, já que até agora o consumo subiu 0,8%, informou hoje o jornal "Shangai Securities News".
A eficiência da China em seu uso de energia está muito abaixo da média dos países desenvolvidos e sua dependência do petróleo é cada vez maior, já que as importações aumentaram 4,4%, representando agora 47,3% do total do consumo.
As medidas colocadas em prática pelo governo chinês neste ano para frear o desperdício, como as restrições ao investimento imobiliário, e outros setores, foram pouco eficazes até agora.
Segundo o atual plano qüinqüenal (2006-10), a China deveria reduzir em 20% o total da energia de que necessita para criar uma unidade de PIB antes de 2010.
A emenda, que deve ser aprovada ainda este ano, possibilitará a punição dos infratores e limitará os novos projetos que desperdicem energia.
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