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Internacional
Terça - 08 de Agosto de 2006 às 07:50

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BEIRUTE - Israel está analisando a proposta libanesa de enviar 15 mil soldados para a fronteira entre os dois países, segundo o declaração do premiê israelense Ehud Olmert. A ação no sul do Líbano teria como objetivo tomar controle da área dominada pelo Hezbollah. Rússia defende resolução que satisfaça o Líbano.

Há algum tempo Israel pede por tropas libanesas no sul do Líbano, assim como o desarmamento dos guerrilheiros do Hezbollah. Mesmo assim houve resistência por parte dos líderes israelenses em aceitar a proposta pois há a preocupação de que tal ato possa ser uma manobra para a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano.

Olmert sugeriu nesta terça-feira que Israel gostaria de ver a mobilização de tropas libanesas junto com uma grande força multinacional no sul.

Em relação à oferta libanesa, Olmert afirmou que "estamos estudando a proposta".

O premiê reiterou que Israel não tinha intenção de reocupar o sul do Líbano. "O quanto antes sairmos do Líbano, mais feliz ficaremos. Especialmente se alcançarmos nossos objetivos", afirmou.

Atualmente mais de 10 mil soldados israelenses lutam contra centenas de guerrilheiros do Hezbollah na região. Na próxima quarta-feira o gabinete de segurança israelense espera aprovar um plano do exército para ampliar o alcance da ofensiva no Líbano em 30 quilômetros da fronteira israelense.

O ministro da defesa israelense, Amir Peretz, disse que a campanha militar iria continuar, e que Israel não iria esperar pelos frutos dos esforços diplomáticos. Uma proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo, redigida por França e Estados Unidos ainda está em debate.

Líbano e países árabes rejeitam resolução Na terça-feira o primeiro-ministro libanês, Fuad Saniora, recusou formalmente a proposta franco-americana de resolução para terminar com o conflito.

Os países árabes registraram objeções ao documento pois não há a menção explícita de que as tropas israelenses devem sair do sul do Líbano como parte da trégua. Israel diz que suas tropas só irão deixar o país árabe quando houver uma força de paz internacional na região.

Os ministros das relações exteriores da Liga Árabe se reuniram em Beirute na terça-feira. Após o encontro a Liga enviou representantes para a sede da ONU em Nova York a fim debater as mudanças que os países árabes gostariam de ver no documento. Além do cessar-fogo e da retirada das tropas israelenses do Líbano, os países árabes querem resolver o impasse da região conhecida como Fazendas de Sheeba.

Apoio russo A Rússia não apoiará a resolução do Conselho de Segurança da ONU para obter um cessar-fogo no Líbano se o seu texto não satisfizer o Governo libanês, afirmou hoje o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitali Churkin.

"É evidente que uma minuta inaceitável para o Líbano não deve ser aprovada, pois só levará à continuação do conflito e à violência", disse Churkin em entrevista ao canal de televisão russo Viesti-24.

O Conselho de Segurança deve debater hoje o projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos e pela França, que admitiu ontem introduzir no texto algumas alterações a pedido do Governo libanês e da Liga Árabe.

Churkin revelou que "atualmente os esforços e consultas procuram chegar a uma resolução mais aceitável para o Líbano" e "aprovada por Israel". Ele se negou a prever um prazo. O embaixador russo ressaltou que o Governo libanês, "apoiado por praticamente todo o mundo árabe", exige "que a resolução deixe muito claro que a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano deve começar imediatamente após o fim das hostilidades".

O representante permanente da Rússia na ONU opinou que o conflito armado entre Israel e o Hisbolá demonstrou a ineficiência das Nações Unidas.

"O prestígio do Conselho de Segurança foi afetado, porque o órgão não é tão eficaz quanto gostaríamos, mas não temos outro", comentou.

A Rússia, por ser membro permanente do Conselho de Segurança, tem direito a vetar decisões do Conselho.





Fonte: AP

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