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Politica Brasil
Domingo - 06 de Agosto de 2006 às 07:54
Por: Edilson Almeida

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Os documentos obtidos pela CPI dos Sanguessugas são contundentes e reveladores. Na última leva, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin mostrou que a Planam, empresa responsável pelo esquema de venda superfaturada de ambulâncias, chegou a pagar dívidas do deputado federal Ricarte de Freitas (PTB) junto à Piran Factoring e à VR Factoring e ainda forneceu as passagens aéreas de uma filha de Ricarte para uma viagem a Nova York. Total da generosidade: R$ 747 mil.

Outro deputado de Mato Grosso comprometido é Lino Rossi (PP-MT). Ele é acusado de arregimentar colegas do Parlamento para integrar os sanguessugas. A CPI encontrou vários pagamentos da Planam para ele, que admite ter recebido dinheiro, camisetas e “sacolões” de Darci Vedoin, o dono da empresa. Mesmo assim, jura inocência. Ele não revela quanto recebeu e nem a CPI conseguiu ainda somar todos os depósitos já comprovados, o que deverá ser feito no final de semana.

A ação da Planam em favor dos dois políticos são as mais evidentes. Porèm, praticamente toda a bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional está de alguma forma envolvida no esquema – que começava pelo aliciamento de deputados e senadores para inclusão de emendas ao Orçamento Geral da União destinando verbas para aquisição de ambulâncias.

Até agora, só não apareceu o nome do deputado federal Carlos Abicalil (PT). O nome de Thelma de Oliveira (PSDB) chegou a ser mencionado, mas, assim como do senador Antero de Barros, sem evidência. Outro que não aparece é Jonas Pinheiro (PFL), em que pese sua esposa, a deputada Celcita Pinheiro, ter sido colocada entre os que receberam propina da Planam.

Trevisan Vedoin "entregou" todo o esquema dos sanguessugas em troca de redução de pena. Depoimento tão detalhado que apresentou ao juiz Jefferson Schneider, da Justiça Federal em Mato Grosso, o montante de propina pagos a cada um dos parlamentares que teriam destinado emendas para venda de ambulâncias e ganhariam comissões.

O esquema também envolveu prefeitos e políticos de outros estados. O negócio era, de fato, segundo ele, vigoroso. Vedoin disse que pagou aos parlamentares e prefeitos em torno de R$ 12,8 milhões em propinas. No depoimento, o executivo da Planam listou 83 parlamentares

Além de Ricarte e Lino Rossi, o esquema Planam pagou R$ 100 mil direto para o deputado Welington Fagundes (PL); a deputada Teté Bezerra (PMDB) teria recebido mais R$ 100 mil para campanha do PMDB - o marido de Teté, ex-senador Carlos Bezerrra, de acordo com Vedoin, comprometeu-se em apresentar R$ 2,5 milhões em emendas.

Já o deputado Pedro Henry (PP) teria ganho uma caminhonete avaliada em R$ 48 mil. A deputada Celcita Pinheiro (PFL) ganhou R$ 50 mil, segundo Vedoin. Ele também afirma ter feito repasse de R$ 35 mil para a conta de Paulo Roberto, genro da senadora Serys Marli (PT), para pagamento de despesas de campanha.





Fonte: 24HorasNews

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