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Politica Brasil
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 18:10

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A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira apontou uma interrupção no processo de recuperação da imagem do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha ocorrendo desde janeiro. A aprovação ao governo caiu de 60 por cento para 55 por cento, em relação à pesquisa apurada no início de junho.

No mesmo período, a confiança em Lula caiu de 56 por cento para 52 por cento. A nota média para o governo caiu de 6,4 para 6,2. O índice dos que declararam não confiar no presidente subiu de 39 por cento para 43 por cento. Isso significa queda de 17 para 9 pontos na diferença entre os que confiam e os que não confiam no presidente.

"A queda do saldo de confiança é o dado mais relevante na interrupção daquele processo", disse o diretor de Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marco Antonio Guarita, ao apresentar a pesquisa.

"No período entre as duas pesquisas, tivemos o reaparecimento da corrupção como item perceptível pela população, um agravamento do problema da segurança pública e até uma queda na avaliação das ações econômicas do governo, embora a área social continue sendo bem avaliada", acrescentou.

SEGURANÇA E CORRUPÇÃO

A questão da segurança pública passou a ser avaliada como o "pior resultado do governo Lula", mencionado espontaneamente por 39 por cento dos entrevistados, seguido das ações de combate à corrupção, com 27 por cento das menções.

No levantamento de junho, a segurança era o "pior resultado" para 27 por cento, e o combate à corrupção, para 13 por cento. As ações contra desemprego, que eram as "piores" em junho, com 30 por cento de menções, caíram para o terceiro lugar, com 24 por cento.

O diretor da CNI também destacou que houve piora na percepção do noticiário sobre o governo no período. O índice dos que consideram as notícias "mais favoráveis" ao governo caiu de 26 por cento para 17 por cento; o dos que consideram o noticiário neutro subiu de 23 para 34 por cento; e o dos que o consideram desfavorável manteve-se em 29 por cento.

Os casos de "corrupção no governo/escândalo das ambulâncias/mensalão" foram os mais lembrados entre as notícias do período, com 12 por cento de menções espontâneas, seguidos das viagens do presidente Lula, com 4 por cento de "recall".

A aprovação das ações do governo de combate à fome e à pobreza subiu de 56 por cento para 60 por cento, assim como a dos programas sociais em saúde e educação, que oscilou de 54 por cento para 55 por cento.

A desaprovação ao governo aumentou em relação às ações de combate ao desemprego (de 52 por cento para 59 por cento), aos impostos (de 65 por cento para 69 por cento) e à segurança púbica (de 61 para 71 por cento), além do combate à inflação (de 43 para 48 por cento).

QUEDA GERAL

O índice dos que consideram o governo "ótimo/bom" caiu de 44 por cento para 40 por cento no período, enquanto os que o consideram "regular" passou de 36 por cento para 40 por cento, mantendo-se em 19 por cento os que responderam "ruim/péssimo".

O saldo dessa avaliação, que era de 25 pontos percentuais a favor do governo, caiu para 21 pontos, mas é positivo em todos os segmentos da população, exceto entre os que recebem mais de dez salários mínimos por mês.

O saldo da avaliação do governo piorou em quase todos os setores da população, mais significativamente entre os que têm entre 30 e 39 anos de idade (menos 12 pontos), moradores das regiões Sudeste (menos 9 pontos) e Sul (menos 8 pontos) e com renda entre dois e cinco salários mínimos (menos 7 pontos).

O saldo positivo melhorou apenas entre os que ganham até um salário mínimo por mês (mais 5 pontos), os que moram no Nordeste (mais 5 pontos) e os que têm entre 40 e 49 anos de idade (mais 3 pontos), segmentos da população nos quais Lula já tinha maior apoio.

Na comparação com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula continua sendo considerado melhor por 54 por cento dos entrevistados (eram 55 por cento em junho) e pior por 20 por cento (contra 18 por cento em junho). Os dois governos continuam sendo considerados iguais por 23 por cento dos entrevistados.





Fonte: Reuters

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