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Politica Brasil
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 15:04

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A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso solicitou da Justiça Federal uma cópia oficial do depoimento do empresário Darci Vedoin, acusado de integrar a “Máfia dos Sanguessugas”, na qual ele acusa o advogado Roberto Cavalcanti de ter conhecimento de todas as práticas ilícitas da Planam, inclusive referente a licitações superfaturadas. Outro integrante da suposta quadrilha, Ivo Marcelo Spíndola da Rosa, acusou o profissional de ter usado “informações privilegiadas” para avisar a família de Vedoin sobre as investigações e, conseqüentemente, ganhar o contrato da empresa. O pedido à Justiça Federal foi solicitado pelo presidente da OAB, Francisco Faiad.

“A denúncia é séria” – avaliou o presidente da Ordem. Ele disse que a partir da chegada oficial do depoimento de Darci Vedoin e de Ivo Spíndola a OAB deverá encaminhar expediente ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) para averiguar as denúncias. Cavalcanti, segundo Faiad, terá direito a ampla defesa antes do julgamento pelo tribunal. Ele não quis adiantar eventuais punições. “Não dá para falar sob hipótese. Mas as penalidades vão de advertência a exclusão do profissional dos quadros da Ordem” – salientou.

Faiad negou de forma veemente versões publicadas pela imprensa dando conta de que a Ordem estaria ignorando o suposto envolvimento de advogados com a quadrilha denunciada. “Essa afirmação é absurda. Jamais a OAB transigiu contra quem quer que seja” – acentuou. Ele esclareceu que o Tribunal de Ética da OAB pode agir por ofício desde que existam pressupostos mínimos para instauração do devido processo. “E preciso que exista a denúncia formal. E isso ainda não aconteceu. A direção da Ordem, a partir do momento em que receber os depoimento fará a análise, solicitará o enquadramento naquilo que for possível e solicitará as providências por parte do tribunal” – frisou.

O presidente da OAB destacou que a entidade vem atuando de forma dura com advogados envolvidos com quadrilhas e crime organizado. Ele disse que a profissão garante ao advogado o cumprimento de suas funções nos limites da lei. “O advogado não pode ser um agente criminoso. A OAB vai sempre estar vigilante quanto a isso, cortando a própria carne com punições” – frisou.

A OAB, segundo Faiad, vem acompanhando de atentamente a questão envolvendo a “máfia das ambulâncias” operada pela empresa Planam, com sede em Cuiabá. Empresários, políticos e funcionários públicos de alto escalão são acusados de envolvimento no esquema, que consistia na destinação de emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União para aquisição superfaturada de ambulâncias pelos municípios.





Fonte: Gazeta Digital

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