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Cultura
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 23:20

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Funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), preocupados com a cultura e bem-estar do público, estão reformando as poltronas do Teatro Universitário. O conserto vem sendo feito com recursos próprios, já que, atualmente, a única verba destinada pela UFMT para o teatro é referente ao pagamento de salários.

Os sete funcionários do local resolveram fazer o serviço, depois que o supervisor do teatro, Orlando Damásio, orçou a restauração em uma tapeçaria de Cuiabá. “Cada braço de poltrona iria custar quatro reais (cerca de mil braços precisam de conserto). Então, trouxe as minhas ferramentas e todos se envolveram na reforma”, afirmou Damásio.

Duzentos e vinte assentos, dos 506 lugares do teatro, estão estragados. A funcionária Mariza Montalvão é a responsável pelo corte e costura das peças. “Trabalho na portaria nos dias de espetáculo e escuto muita gente reclamar da situação das poltronas. Fico com vergonha de receber o público”, destaca a servidora pública do Estado, que há três anos está à disposição da UFMT.

Grupos nacionais pagam diária de R$ 800,00 ou 10% da bilheteria para se apresentarem no teatro. Os recursos arrecadados pagam hora extra dos funcionários e o salário do vigilante. O prédio já sofreu outros reparos. “Essa é mais uma etapa cumprida pela equipe. Nós já pintamos as paredes internas, construímos muros e calçadas e fizemos uma reforma elétrica”, informa o supervisor. O próximo projeto de Orlando é a reforma dos refletores. A iluminação cênica também é deficitária. “Um espetáculo teatral usa cerca de 120 equipamentos. As produções gastam de R$ 2 mil a R$ 2,8 mil com locações. Se tivéssemos esse material, ganharíamos o valor do aluguel e estaríamos mais conceituados”, explicou.

O técnico Osvaldino Enoré trabalha no teatro desde a inauguração, em 1982, e também está na equipe de reforma do teatro. “Todos os supervisores que passaram aqui tiveram dificuldades para administrar, e só conseguimos as coisas através de mutirões. Temos que cuidar melhor do teatro. Mesmo com algumas deficiências, é o maior da capital e muito elogiado principalmente pela acústica”, assegura Enoré.





Fonte: Da Assessoria

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