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Internacional
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 17:08

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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, manifestou interesse de que a Alemanha participe da força internacional que poderá ser enviada ao sul do Líbano, em entrevista ao jornal alemão "Süddeutsche Zeitung"

"Desejo que soldados alemães também participem desta força. Disse à chanceler Angela Merkel que não temos qualquer problema com a presença de soldados alemães no sul do Líbano", declarou Olmert numa entrevista ao jornal de Munique (sul) que será publicada nesta sexta-feira.

Parte da classe política alemã estima que soldados de seu país não poderiam ser considerados neutros no Oriente Médio pois, devido ao passado nazista da Alemanha, eles não poderiam atirar em soldados israelenses.

"Por que motivo soldados alemães deveriam atirar contra Israel? Eles integrariam tropas que defenderiam Israel", declarou Olmert. "Nenhuma nação se comporta atualmente de forma mais amistosa com Israel que a Alemanha", continuou.

"A Alemanha pode contribuir para a segurança do povo israelense. Ficaria muito feliz de que a Alemanha participasse", insistiu o premiê israelense.

Olmert recebeu com ceticismo a sugestão do chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, de um maior envolvimento de Damasco na busca de uma solução para o conflito.

"Não tomem o governo sírio por mais estúpido do que ele é. Vocês acham que a Síria não teria aproveitado há muito tempo a oportunidade de participar de negociações, se isso fosse realmente de seu interesse?", questionou.

"Se a Síria realmente quisesse exercer um papel positivo, ela teria muitas possibilidades para fazê-lo. Ela rejeitou todas elas. O governo sírio é pueril, brutal e irresponsável, e esse país me dá pena", criticou o premiê.

Referindo-se ao conflito contra o Hizbollah, Olmert afirmou que "grande parte da infra-estrutura" do grupo terrorista libanês foi destruída pela ofensiva israelense. "Em breve, vocês verão que o Hizbollah terá totalmente desaparecido do sul do Líbano", prometeu Olmert, admitindo, no entanto, a impossibilidade de erradicar completamente o movimento xiita.

"Consideramos a morte de qualquer civil inocente no Líbano como um verdadeiro fracasso. O Hizbollah, ao contrário, comemora qualquer míssil que atinge seu alvo em Israel. Eis uma diferença fundamental: o Hizbollah quer apenas matar civis. Nós queremos apenas matar o Hizbollah", finalizou.





Fonte: France Press

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