Biscaia: há provas para incriminar parlamentares

Após cerca de 7 horas de depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin a integrantes da CPI das Sanguessugas, o presidente da comissão, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), saiu com a confirmação de que há provas suficientes para incriminar um alto número de parlamentares envolvidos no esquema da máfia das ambulâncias.

"Ele (Vedoin) elucidou aspectos importantes como, por exemplo, a participação de parlamentares em reuniões organizadas para discutir o esquema de corrupção. Na minha opinião, isso mostra, sem dúvida nenhuma, a culpa dos envolvidos", afirmou Biscaia.

Outras empresas O deputado confirmou ainda que Vedoin apontou a participação de outras empresas no mesmo tipo de esquema. Segundo Biscaia, essas empresas serão investigadas em um segundo momento dos trabalhos da comissão. O parlamentar não quis citar os nomes das empresas citadas, mas o deputado Raul Jungmann, membro da comissão, apontou a participação da KM, em Pernambuco.

Outro fato importante confirmado por Vedoin foi que José Cirilo, ex-presidente regional do PT no Ceará, teve participação no esquema. Ele, segundo Vedoin, agiria como um intermediário da Planam com governadores petistas do Mato Grosso do Sul e do Piauí.

Biscaia negou que Vedoin tenha envolvido um quarto senador no esquema, mas desconversou ao ser questionado sobre dois novos nomes de deputados. Mais cedo, Jungmann havia afirmado que Vedoin citou durante o seu depoimento o nome de um quarto senador, além de Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). A informação dos dois deputados também foi passada à imprensa por Jungamann.

O número de parlamentares supostamente envolvidos com a máfia das ambulâncias subiria para 94.