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Nacional
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 11:23

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Cerca de 200 lavradores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ameaçam reagir com facões, foices e barras de ferro a qualquer tentativa de desocupação, pela Polícia Militar, de uma área invadida por eles há cinco meses, em São Lourenço da Mata (a 35 km de Recife, PE).

O engenho São João, pertencente ao grupo Votorantim, foi cercado por 226 policiais de sete unidades da corporação na madrugada de ontem. A ordem de reintegração de posse foi expedida pela Justiça estadual.

Ao serem informados da determinação, os líderes sem-terra rasgaram a cópia da ordem judicial, entregue pelos oficiais de Justiça. E, para dificultar uma eventual ação policial, determinaram aos acampados que permanecessem em seus barracos com as mulheres e crianças.

O MST se recusa a deixar a propriedade, alegando que ela é improdutiva. O clima é tenso no local. Consultado ontem por duas vezes, o juiz da Vara Cível de São Lourenço da Mata, José Gilmar da Silva, manteve sua decisão de desocupar a área.

Deputados estaduais da comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa foram ao engenho e anunciaram que as negociações entre a Votorantim e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) seriam reabertas. Mesmo assim, não conseguiram mudar a decisão judicial.

A cúpula da PM deve se reunir hoje para definir uma estratégia para o caso. Os sem-terra já invadiram a mesma propriedade duas vezes, em março de 2004 e março de 2006. Foram obrigados a deixar a área em julho do ano passado.





Fonte: Folha Online

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