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Polícia Brasil
Terça - 01 de Agosto de 2006 às 08:05

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A Delegacia Fazendária indiciou 14 pessoas que atuavam em um esquema de clonagem de veículos em crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos e particulares, corrupção ativa e passiva, além de formação de quadrilha. A operação Casa de Abelhas, desencadeada na semana passada, levou 11 pessoas à prisão. Na quinta-feira (3), a delegada Alana Cardoso encaminha o inquérito ao Fórum, para ser analisado pelo Ministério Público Estadual (MPE). Até agora a polícia identificou cinco funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT), do Setor de Vistoria, envolvidos no esquema. Um deles, Orestes Boaventura, que teve a prisão revogada, pode receber benefícios da delação premiada, já que colaborou nas investigações. Permanecem foragidos Edson Roberto de Paula, Kalil Kalongas Darouge e um ex-estagiário do órgão.

Segundo Alana Cardoso, os empresários Fernando Metello e Antônio Betoni eram os principais beneficiados no golpe que transferia veículos de São Paulo para Mato Grosso e que também regularizava carros roubados. Ela explicou que Antônio recebeu a transferência de um caminhão cuja documentação era falsa para seu nome feita por Elenário Araújo Pinto (nome falso de Edson Roberto de Paula), em maio de 2003. Depois disso, o mesmo veículo foi transferido mais quatro vezes. O verdadeiro automóvel circula em São Paulo e existe um trafegando em Mato Grosso clonado. Outro caso citado diz respeito a um automóvel que foi transferido para o nome dele e, posteriormente, financiado e revendido. Alana disse ainda que Antônio moveu uma ação contra Elenário (Edson) por ter lhe vendido um carro roubado. Outros quatro carros, um Renault Scenic, uma Zafira, e dois caminhões também teriam sido adquiridos dentro do esquema. "Entretanto, temos provas suficientes de que esse procedimento, de processar Elenário, era apenas um álibi", disse a delegada. O advogado do empresário, Antônio Espózito, citou no dia da operação que Antônio não tinha amizade com nenhum dos envolvidos e nenhuma relação com os golpes.

Já o empresário Fernando Metello, preso preventivamente, comprou de Valdoir Ribeiro Lemes (Edson Roberto de Paula), uma caminhonete F-250, que é clone. Depois dela, uma Pajero também foi negociada. Após a negociação, Fernando denunciou Edson, por desacordo comercial para ter um respaldo de suas ações. O advogado dele, Walmir Cavalhiere, no dia da operação, informou que Fernando havia sido vítima de uma negociação e que não tinha ficado com os veículos citados.





Fonte: Gazeta Digital

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