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Esportes
Domingo - 30 de Julho de 2006 às 11:15

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Atual vice-campeão brasileiro e gaúcho, e semifinalista da Copa Libertadores da América desta temporada (quando enfrenta os paraguaios do Libertad), a boa fase do Internacional não está apenas restrita às quatro linhas. Ela atinge também a parte social do clube.

Com uma média de 40 adesões por dia, o Inter tem hoje, aproximadamente, 37 mil sócios, também chamados de sócios-colorados, e virou uma espécie de modelo no Brasil. A meta do clube é alcançar os 40 mil.

Rivais como Santos, São Paulo, Atlético-MG e Vasco, que também têm programas semelhantes para os torcedores, não possuem tantos sócios como o time do Rio Grande do Sul.

Em entrevista ao Terra Esportes, o vice-presidente de Administração do Inter, Giovanni Luigi, confirmou que a mudança de postura na relação com o torcedor foi o grande diferencial para ampliar o número de associados.

"Chegou uma hora que nós percebemos que todos os meses perdíamos uma média de 400 sócios", disse o dirigente, salientando que esses torcedores deixavam de pagar as mensalidades e acabavam excluídos dos cadastros por inadimplência.

"Assim, teríamos que ser pró-ativos com os associados e então entramos em contato para tentar salvar o cadastro deles", acrescentou.

Dentre os benefícios que o sócio-colorado tem, um deles chama mais a atenção. De posse da carteirinha de associado, o torcedor tem acesso a todos os setores do Estádio Beira-Rio nos dias de jogos do Internacional.

Hoje, o Beira-Rio comporta aproximadamente 56 mil pessoas. Com quase 40 mil associados, o que acontecerá quando o Inter ultrapassar no número de sócios a capacidade do estádio?

"Historicamente 20% dos sócios não comparecem aos jogos. Estamos avaliando este quadro. Quando batermos 40 mil sócios, teoricamente estamos pensando em brecar as adesões", explicou Luigi.

"Esse é o nosso número. O torcedor vai entrar em uma lista de espera. Cada vez que tiver uma desistência ele entra como sócio", observou.

Vale lembrar que em todas as partidas em casa em torno de 20% da carga de ingressos são reservados para os torcedores comuns ou não-associados.

O presidente do Internacional, Fernando Carvalho, dá o aval para o breque nos associados e afirma que ainda vai estudar possibilidades para o "problema".

"Quando chegar aos 40 mil vamos parar e ver como vai funcionar, qual é o índice que não vem aos jogos e como faremos com novos associados", contou o dirigente, em entrevista ao Terra Esportes.

Com o interesse do sócio renovado, o clube tomou outra medida para crescer o número de adeptos no quadro social.

Antes com pouco mais de seis mil associados, o número de adesões mensais equivalia ao de desistências. A solução encontrada pela diretoria foi adotar o débito em conta.

"Fizemos com que as pessoas migrassem para o débito em conta. Em março de 2005 tínhamos 600 sócios nesse esquema, agora temos 21 mil. Assim acabou a perda mensal de sócios. Pelo débito em conta, eles ainda só pagam dez meses, em vez dos 12", destacou.

No entanto, a maior dificuldade dos clubes que mantém essa relação próxima com os torcedores é mantê-los ligados mesmo após uma derrota ou perda de títulos.

"Temos que saber mantê-los no clube. Não adianta o Inter não ganhar um título, e isso vai ocorrer, e perdemos o associado. O débito em conta ajudou muito, pois não tem aquela perda por inadimplência. E quem está em atraso temos feito um contato para renegociar a dívida", explicou Luigi.

"Estamos tentando dar ao torcedor uma vivência no clube que o faça se sentir como parte do mesmo", disse Fernando Carvalho.





Fonte: Terra

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