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Politica Brasil
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 16:28

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Brasília - O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), reafirmou nesta sexta-feira que a CPI dos Sanguessugas já tem provas concretas da participação de cerca de 80% dos 90 congressistas que estão sendo investigados por participação no esquema de fraudes.

"Sustento minhas declarações anteriores. Quem afirmou que a CPI só tem provas contra trinta parlamentares denunciados está querendo ligar o forno da pizza", afirmou.

Nesta sexta, a CPI recebeu da Polícia Federal cópias de depoimentos de assessores parlamentares do Congresso Nacional envolvidos com o uso indevido de recursos do Orçamento da União. Esses assessores tiveram sua participação no esquema fraudulento para a compra de ambulâncias superfaturadas flagrada em conversas telefônicas e em depósitos bancários, por meio da quebra dos sigilos.

Jungamnn disse ter recebido dez depoimentos de assessores de congressistas acusados de participarem do esquema de fraudes. Outros 15 seriam encaminhados ainda na tarde desta sexta-feira ao vice-presidente da CPI.

"A verdade é que as emendas individuais de parlamentares devem ser riscadas do mapa. O meu interesse é levar a crise até o limite. Não me interessa se começou no governo Lula ou no governo Fernando Henrique Cardoso. Eu não vou parar no meio do caminho porque quero mostrar para toda a sociedade essa putrefação e essa metástase até o fim", disse.

Segundo o vice-presidente da CPI, os próximos passos da comissão serão decididos na reunião marcada para a terça-feira, quando também será discutida a necessidade de se notificar ou não quatro deputados cujos nomes foram citados numa recente lista divulgada pela Controladoria Geral da União (CGU).

Pela manhã, o sub-relator de Sistematização da CPI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que os deputados João Almeida (PSDB-BA), Aroldo Cedraz (PFL-BA), Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG) não seriam notificados porque não havia qualquer prova contra eles.

"Precisamos decidir logo os próximos passos da CPI para que, no dia nove de agosto ou nos dias subseqüentes, o relatório seja apresentado e votado para que toda a sociedade saiba o resultado das nossas investigações", concluiu Jungmann.





Fonte: RMT Online

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