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Cidades/Geral
Sexta - 28 de Julho de 2006 às 06:41
Por: Patricia Neves

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Mais um vistoriador do Detran/MT, Jusseni Almeida, e um servidor (terceirizado) do setor administrativo da Secretaria de Fazenda (Sefaz) foram presos pela Polícia Civil no esquema de adulteração de documentos, vendas irregulares e clonagem de veículos que movimentou pelo menos R$ 1 milhão em quatro anos. Um ex-estagiário do Detran/MT passou a integrar a lista de foragidos da operação, juntamente com Edson Roberto de Paula e Kalil Kalongas Darouge. Agora são 11 os presos na operação batizada de "Casa de Abelhas". O número, porém, pode aumentar. As prisões realizadas ontem só foram possíveis graças à colaboração de quatro vistoriadores do Detran, presos desde o dia 25, e que passaram a delatar o esquema.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, porque a pedido da Delegacia Fazendária, o inquérito passa a correr sob segredo de Justiça. Além das prisões, foram cumpridos mais quatro mandados de busca e apreensão. Três deles em endereços residenciais do empresário Fernando Metello, situados nos bairros Boa Esperança e Santa Rosa. No último endereço, um prédio de luxo na avenida Antártica, nada foi apreendido porque o imóvel estava vazio, segundo a delegada Daniela Silveira. Por meio do advogado dele, Walmir Cavalhiere, ele nega integrar o esquema de fraude para documentar carros. O quarto mandado expedido pela juíza plantonista Maria Cristina Simões foi cumprido na casa do ex-servidor do Detran.

Segundo a delegada fazendária, Alana Cardoso, o funcionário da Sefaz estava fazendo uso de documento falso no momento da prisão. Por esse motivo, foi autuado em flagrante. Ela explicou que ele trabalha na área administrativa da secretaria, mas não disse em qual departamento. A delegada informou que os vistoriadores poderão ser beneficiados com a delação premiada, mas que ainda analisa a questão. As prisões dos vistoriadores vencem no sábado (29). Ela explicou ainda que o líder do grupo, Edson Roberto (foragido) usava nomes falsos de Valdir Ribeiro de Leme e Elenário Araújo Pinto. O corregedor do Detran, Juliano Muniz, explicou que Jusseni não era coordenador do departamento e que já vinha sendo investigado e que o setor de vistoria está passando por auditoria.

Mamãe Noel - Pelo menos outras três grande ações policiais foram desencadeadas dentro do Detran desde 2002. A primeira batizada de "Mamãe Noel" desarticulou um esquema de despachantes que agia dentro do órgão público falsificando CNHs. Na ocasião, dezembro de 2002, Elmo Zaniel Antônio da Silva foi preso e solto no mês seguinte. Em maio do ano seguinte, tornou a ser flagrado com documentos adulterados. Nesta semana foi preso e durante o cumprimento do mandado de prisão a polícia encontrou documentos e materiais que seriam utilizados para falsificações.




Fonte: A Gazeta

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