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Polícia Brasil
Quinta - 27 de Julho de 2006 às 07:11

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Começou na capital fluminense o julgamento da babá Sílvia Santos, 38 anos, acusada de torturar o menino Pedro Fabbri, 7, portador de deficiência física e mental. Ela depôs ontem para a juíza Zélia Maria Machado dos Santos, da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, e negou todas as agressões - registradas em oito horas de gravação pelos pais da criança, em setembro de 2005. Pedro morreu em março, de falência múltipla dos órgãos.

Se condenada, Sílvia - que trabalhou por um ano e um mês na casa - pode pegar até 10 anos de prisão, com aumento de até um terço da pena porque Pedro era menor. Caso o menino tenha morrido em decorrência dos maus-tratos, a lei prevê reclusão de até 16 anos, com agravante da pena. Para a mãe de Pedro, Isabel Cristina Fabbri, os espancamentos contribuíram para agravar o quadro do filho, que nunca falou nem andou. Ela não acompanhou o depomento de Sílvia.

Babá negou acusação

Segundo o promotor Cláudio Varela, Sílvia fugiu das respostas sobre as imagens captadas pela câmera escondida, instalada no alto da estante da casa. A gravação mostra a babá batendo com a cabeça do menino no chão, sufocando-o com uma fralda na boca e forçando Pedro a engolir o próprio vômito. "Ela negou o inegável e disse que não fez para machucar o menino", afirmou o promotor. As testemunhas de acusação serão ouvidas dia 17.

O advogado da acusada, Ricardo Frederico, leu apenas ontem o processo, mas garantiu que a babá é inocente. Na porta do Fórum, Cleide Prado Maia, mãe de Gabriela, morta por uma bala perdida na Tijuca, há três anos, se juntou a Isabel, numa pequena manifestação contra a impunidade.

"Nunca desconfiei de nada porque ela sempre foi amorosa na nossa frente, mas Sílvia destruiu minha família", desabafou Isabel.




Fonte: O Dia

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