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Internacional
Quinta - 27 de Julho de 2006 às 07:10

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Andrea Yates, 42 anos, foi julgada nesta quarta-feira pelo assassinato de seus cinco filhos em Houston, Estados Unidos. A mãe, que em 2001 afogou as crianças em uma banheira, não foi considerada culpada por conta de insanidade, porém será enviada a um sanatório estadual. Caso Andrea tivesse sido condenada por assassinato, ela teria recebido prisão perpétua como sentença.

Ao receber a sentença, a ré olhava fixamente enquanto o veredicto era lido. Em seguida, arqueou sua cabeça e verteu lágrimas quietamente. Os parentes de Andrea também choraram. A partir do momento em que for internada, Andrea irá comparecer a audiências periódicas, a fim de que um juiz possa determinar sua libertação no futuro.

Há cinco anos, um júri anterior havia acusado Andrea de assassinato e rejeitado os rumores de que a ré fosse tão psicótica ao ponto de acreditar que estivesse salvando as almas de suas cinco crianças através da morte. Uma apelação judicial foi capaz de alterar o primeiro julgamento, pois naquela época chegou-se a conclusão de que uma das testemunhas de acusação havia apresentado um testemunho errado.

George Parnham, um dos advogados de defesa, considerou o veredicto como "um divisor de águas para os doentes mentais e o sistema judiciário criminal". Wendell Odom, outro advogado de Andrea, sugeriu que as atitudes haviam mudado desde o primeiro julgamento. "Há cinco anos muita gente não conseguia superar a revolta gerada pelo crime", recorda Odom.

O jurado Todd Frank defendeu que Andrea apresentava psicose antes, durante e depois de afogar os próprios filhos. "Ela precisa de ajuda", disse. "Apesar de estar recebendo tratamento, eu acho que ela está pior do que antes. Acredito que ela provavelmente precise de tratamento pelo resto de sua vida", acrescentou.

Os advogados de defesa alegam que ela sofria de uma severa psicose pós-parto e, acometida por alucinações, passou a acreditar que Satã estava dentro do próprio corpo e que ao matar os filhos os salvaria do inferno. Por outro lado, a advogada de acusação, Kaylynn Williford se considera desapontada com a sentença. "Por cinco anos, lutamos para fazer justiça a estas crianças", lamenta Kaylynn.

Andrea Yates havia afogado a filha Mary, então com 6 meses; o filho Luke, 2 anos; Paul, 3 anos; John, 5 anos; e Noah, na época com 7 anos de idade. A tragédia ocorreu na região da cidade de Houston, em junho de 2001.

Durante o julgamento, o promotor afirmou que na manhã dos assassinatos Yates agiu normalmente com seu marido, Rusty, para que ele não suspeitasse do plano dela de matar os filhos. Após cometer o crime, Andrea ligou à polícia e perguntou quando seria seu julgamento, mostrando estar ciente de sua conduta.




Fonte: AP

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