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Polícia Brasil
Quarta - 26 de Julho de 2006 às 09:11

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A polícia deve começar hoje a ouvir os 10 suspeitos de envolvimento no esquema que fraudava documentos de carros roubados. Até o momento, a irregularidade foi detectada em 14 veículos. A polícia estima que a fraude deve chegar a R$ 1 milhão aos cofres públicos.

Segundo a polícia, o despachante Elmo Antônio da Silva é autor de parte dos documentos falsificados que foram apreendidos durante a Operação Casa de Abelhas. O esquema falsificava documentos de carros roubados para facilitar a venda desses automóveis vindos de outros estados para Mato Grosso.

"Na verdade foi criada uma pessoa que não existia com outra fotografia. Por meio disso, os cheques eram emitidos na praça e aí se praticava todo tipo de fraude, golpes", disse o delegado Carlos Cunha.

O despachante é um dos 10 acusados que foram presos na manhã de ontem, em Cuiabá. Empresários e servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mato Grosso também são acusados de envolvimento no esquema. Nas investigações, que começaram há três anos, há provas de que a organização tinha vínculos com outros estados.

Segundo a diretoria do Detran, a corrupção começava na vistoria dos veículos. Quatro servidores seriam os responsáveis em "esquentar" os carros roubados e até montar documentos com várias informações que vinham de fora. A quadrilha ainda usava nomes falsos, os chamados "laranjas", tudo para que ninguém desconfiassem do crime.

De acordo com o diretor de Habilitação do Detran, Juliano Calçada, esses vistoriadores eram aliciados pelos despachantes que usavam essas pessoas para fraudar as transferências. Dessa forma se fazia a vistoria dos documentos dos veículos que não existiam e ainda em outros casos eles vistoriavam até os veículos roubados.

Em nome dos "laranjas" os golpistas forjavam documentos com dados dos carros do sul e do sudeste do Brasil. Os papéis dos veículos eram levados para um banco onde eles conseguiam o financiamento, sendo que estes não existiam em Mato Grosso. "Primeiro se financiavam os veículos. Depois se passava para diversos "laranjas" para tentar dar legalidade à transferência e financiavam, se aproveitam dos valores e não pagavam mais", disse Juliano Calçada.

Segundo a delegada Alana Cardoso, em alguns casos os fraudadores ainda alteravam o número do chassi dos carros roubados, falsificavam o documento, financiavam, pagavam por um certo tempo e depois vendiam o automóvel. "A quadrilha fazia a emissão dos documentos aparentemente legalizados no Detran e depois vendiam. Tivemos confirmação de dois casos, sendo que um resultou na apreensão de um caminhão no ano de 2004.





Fonte: RMT Online

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