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Nacional
Quarta - 26 de Julho de 2006 às 07:11

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Ser falso policial em Belo Horizonte (BH), com direito a carteira funcional e um par de algemas, custava R$ 1.050. Esse foi o valor pago pelo grupo de 11 homens que montou uma falsa delegacia policial no bairro Alvorada, em Betim, região metropolitana da capital mineira.

A suposta DP funcionava numa casa alugada há cerca de 45 dias e foi descoberta segunda-feira depois de denúncia anônima. O grupo agia sob o comando de um ex-policial civil identificado como Wilson Braga, que colocava anúncios no jornal, oferecendo curso de detetive particular por R$ 400.

Segundo o delegado seccional de Betim, Jaime Barros, responsável pela investigação, depois do curso, os falsos policiais pagavam mais R$ 650 para ter direito a carteira de escrivão, inspetor ou delegado. "Estou boquiaberto com a ousadia do bando", afirmou Barros.

Os 11 presos prestaram depoimento ontem e tentaram se defender. Eles alegaram que pagaram taxa de profissional autônomo na prefeitura para atuar como detetive particular e, por isso, não estariam cometendo cometendo crime.

Extorsão Os falsos policiais ainda são acusados de extorquir moradores do bairro Alvorada. Segundo os investigadores, eles cobravam até mesmo para registrar ocorrências e chegaram a apreender dois carros em via pública. "Os moradores eram obrigados a pagar por serviços de investigação que não existiam", afirmou o delegado.

Aqueles que se recusavam a pagar tinham os documentos apreendidos e eram coagidos pelos supostos policiais. A falsa delegacia tinha identificação de salas de detetives e de inspetores, e duas pessoas foram flagradas usando camisas com a inscrição da Polícia Civil. O grupo foi preso pelo crime de usurpação de função pública e poderá responder também por formação de quadrilha e estelionato.




Fonte: O Dia Online

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