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Cidades/Geral
Sexta - 21 de Julho de 2006 às 20:30

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A Secretaria de Estado de Saúde adotou terapias alternativas no cuidado de pacientes portadores de transtornos mentais que foram regulamentadas pelo Ministério da Saúde (MS). O Centro Integrado de Apoio Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho vem usando novas abordagens como a arte-terapia, o atendimento familiar, oficinas de educação física e grupos de auto-ajuda, no tratamento dos usuários do SUS que são dependentes químicos objetivando a que fiquem livres da dependência ao álcool e às droga e proporcionando sua inserção tanto no mercado de trabalho quanto à vida familiar.

Para isso a Unidade de Internação para Dependentes Químicos do Ciaps Adauto Botelho (mais conhecida como Unidade III) oferece aos pacientes assistência médica prestada por equipe multiprofissional composta por médico, psiquiatra, dentista, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, arte-terapeuta, técnicos e auxiliares de enfermagem.

Faz parte também do projeto terapêutico da Unidade uma série de serviços de inserção social como a arte-terapia, que é a mais utilizada, já na fase da criação em telas.

O atendimento familiar é um dos pontos mais importantes no envolvimento da cura do paciente. As oficinas de educação física e grupos de auto-ajuda são fundamentais para proporcionar melhor qualidade de vida, uma vez que são dados aos pacientes instruções de uma vida saudável e o diálogo dos grupos de auto-ajuda permite um melhor entendimento sobre a doença e os males que ela causa tanto para a saúde como para o convívio social.

Em parceria com o Serviço Nacional do Comercio (Senac) e o Sebrae, a Unidade III oferece aos seus pacientes cursos de reciclagem de papel, jardinagem, pintura predial e instalação hidráulica.

O gerente geral da Unidade III, Ataíde Celestino da Silva, disse que “nosso objetivo é oferecer assistência especializada e de qualidade aos portadores de dependência química. Mas o projeto terapêutico de inserção social desenvolvido no Ciaps Adauto Botelho trabalha não apenas a recuperação dos dependentes químicos entregues aos cuidados de sua equipe multiprofissional como também na sua reintegração social”.

Ataíde Celestino explicou que, após a internação, os pacientes são convidados a ingressar numa das turmas de terapia das oficinas terapêuticas. “Quando optam por entrar num dos cursos oferecidos eles são encaminhados, após a conclusão do mesmo, para uma das empresas conveniadas com o Senac”, declarou.

ARTE-TERAPIA – A oficina de Arte-terapia funciona há dois meses na Unidade III . A arte-terapeuta Marli Bittencourt, que ministra as oficinas terapêuticas aos dependentes químicos em tratamento médico na Unidade, disse que a “participação nas oficinas terapêuticas é rotativa e atende a todos os pacientes. Através da arte trabalhamos a socialização desses pacientes, agindo na sua interação com o grupo aplicando a eles um tratamento humanizado que, aos poucos, vai fazendo com que possam voltar ao convívio da sociedade, o que se realiza através de um novo ofício sendo esta a estimulação das habilidades que a oficina proporciona”. Esse tratamento inclui visitas assistidas a centros culturais.

Marli Bittencourt contou que a qualidade das telas pintadas pelos participantes da oficina a deixaram surpresa. “Temos aqui verdadeiros artistas que precisavam apenas de uma oportunidade para que suas potencialidades se manifestassem”, comentou.

Visando dar continuidade ao trabalho de motivação e elevação da auto-estima dos pacientes, Marli Bittencourt vai organizar junto com os pacientes uma exposição dos trabalhos desenvolvidos nas oficinas terapêuticas e expor esses trabalhos em órgãos públicos e privados.

“O plano de ação do projeto Arte Interna inclui, ainda, a criação de um Museu de Arte-terapia com exposição permanentemente dos trabalhos realizados pelos portadores de dependência química e os pacientes de transtorno mental”, finalizou a arte-terapeuta.




Fonte: Secom-MT

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