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Nacional
Sexta - 21 de Julho de 2006 às 16:15

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A Vivo, maior operadora de telefonia celular do país, teve prejuízo líquido de R$ 493,1 milhões no segundo trimestre do ano, 175% superior ao registrado no período anterior (R$ 179,3 milhões) e 95% maior do que o do primeiro trimestre de 2005 (R$ 252,7 milhões). No ano, as perdas somam R$ 672,4 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 306,3 milhões, 57% inferior aos R$ 717,3 milhões do primeiro trimestre e 49% menor do que os R$ 599,3 milhões do mesmo período do ano passado. O Ebitda acumulado em 2006 é de R$ 1,023 bilhão.

No segundo trimestre deste ano, a empresa tinha 5,268 clientes no sistema pós-pago e 23,257 milhões no pré-pago. A base de clientes caiu de 30,138 milhões no primeiro trimestre de 2006 para 28,525 milhões no segundo, e ficou praticamente igual à do segundo trimestre de 2005, de 28,446 milhões. Por conta dessa queda, pela primeira vez na história o número de telefones celulares caiu no país.

"A Vivo decidiu realizar uma redução na base de clientes, através da eliminação dos que permaneceram inativos mesmo depois de tentativas de reativação. Alguns estavam inativos por fraudes e outros acumulavam débitos para com a companhia", explicou a operadora no balanço divulgado hoje. "Soma-se a isto o fato de que a implantação dos sistemas para o controle de fraudes e clonagem também resultou em algumas perdas."

Nesta sexta-feira, a operadora anunciou também que pretende investir R$ 1,08 bilhão para instalar a sua rede GSM. "O seu lançamento aumentará a competitividade da Vivo, permitindo atender ainda melhor seus clientes por meio de ofertas comerciais diferenciadas", disse.

Ações

O mercado financeiro ficou desapontado com os números. "Consideramos que o resultado da Vivo no segundo trimestre de 2006 foi extremamente fraco", diz a corretora Ativa em relatório, classificando como "decepcionante" a estabilidade da base de clientes no período de um ano, já que o mercado de telefonia móvel no país teve expansão de 25%.

Segundo analistas, no curto prazo as ações da companhia devem apresentar desempenho pior do que o do Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo). Mas as perspectivas para o longo prazo ainda são positiva, já que os papéis sofreram desvalorização recentemente e espera-se melhora dos resultados da companhia no futuro, expectativa baseada na potencial desaceleração da competição no segmento pré-pago e aumento no pós-pago, na implantação do sistema GSM e nos frutos da reestruturação societária do grupo.

Às 16h46, as ações preferenciais da Vivo tinham queda de 1,17%, a R$ 5,06, e as ordinárias subiam 0,55%, para R$ 9, entretanto.




Fonte: Folha Online

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