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Polícia Brasil
Sexta - 14 de Julho de 2006 às 09:38
Por: Patricia Neves

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Orkut. "Siga-me" de telefonia celular, listas telefônicas. Essas são algumas opções encontradas por criminosos do Rio de Janeiro para extorquir, ou pelo menos tentar, pelo menos 53 pessoas em Cuiabá,Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Mirassol do Oeste e Lucas do Rio Verde. A estatística é da Gerência de Repressão a Sequestros e Investigações Especiais (Grisie). A ligação vem de um número bloqueado e, geralmente, a cobrar. Com voz firme, tranquilidade e um grande potencial de convencimento, o criminoso começa a contar que encontrou seu número telefônico com uma vítima de acidente de trânsito. Desesperado, quem atende a ligação começa a perguntar e a repassar características de pessoas que acredita poderiam estar envolvidas no acidente. De posse de informações como nome, idade, e veículo do suposto envolvido, começa então a extorsão. Esperto, o criminoso muda de "gancho".

Passa a afirmar que sequestrou um parente da vítima. Necessariamente vai querer manter a ligação pela maior quantidade de tempo possível, explica o delegado Luciano Inácio da Silva. O golpe ganha ares de realidade à medida em que ele conseguir mais informações.

A dica do delegado é tentar manter a calma e encontrar um amigo, um conhecido, um parente que o ajude a resolver a questão localizando o parente que supostamente estaria em poder de criminosos. Em seguida, anotar o número da conta bancária que os bandidos passam, desligar o telefone e imediatamente repassar as informações à polícia. Ele avalia que é essencial que o registro de queixas seja feito para evitar que um sequestro verdadeiro passe despercebido. Apesar de existirem 53 queixas formalizadas o número pode ser bem maior, já que muitas pessoas não procuram a polícia. Os inquéritos instaurados pelo GCCO estão sendo encaminhados para o Rio de Janeiro, já que até agora não se identificou a participação de nenhum criminoso mato-grossense. Só no último final de semana, segundo o delegado Luciano, foram cinco casos. Na quarta-feira, outros dois incluindo um professor de universidade que não caiu no golpe e uma jornalista.





Fonte: A Gazeta

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