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Cultura
Segunda - 10 de Julho de 2006 às 14:35

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Muita música, arte e movimentação completaram o cenário do XXII Festival de Inverno que aconteceu de 1 a 8 de julho e superou as expectativas da organização tanto economicamente quanto em participação de público local e nacional.

“Para nós que organizamos com muito empenho e dedicação, esse evento que é um resgate da cultura mato-grossense, o Festival superou todas as nossas previsões econômicas e de publico na ordem de até 50% em relação ao ano passado”, afirma Gilberto Mello, prefeito do município de Chapada dos Guimarães.

Um dos fatores que contribuiu para o fomento da economia foi justamente a iniciativa da prefeitura de priorizar o comercio local na Praça de Alimentação que ofereceu uma variedade de alimentos - doces caseiros, pasteis, sanduíches self-service, prato típicos, bebidas, dentre outros. E enquanto as pessoas se reuniam para um bate papo ou para recarregar as energias, se deliciavam cantando e vibrando com artistas da terra como o cantor chapadense Belo, a dupla Rosano e Lú, Boca de Matilde, grupo teatral ‘Óia aqui’ e Paula dos Anjos num ‘Sarau’, misto de manifestação artística musical, poética num único espaço, idealizado por um dos criadores do Festival de Inverno, Benedito Pinheiro de Campos o “professor Ditinho”.

Formatado para o sucesso - Com o tema “Identidade e Culturas” criado em 2005 visando resgatar e divulgar a cultura mato-grossense, esse novo formato do Festival veio de encontro aos anseios dos moradores do local como também dos visitantes que interagiram com o povo nativo absorvendo os costumes locais, proporcionado um intercambio e valorizando a região também como turismo cultural, não apenas de paisagem.

“A população como um todo se mostrou bastante receptiva ao Festival. Até mesmo os moradores mais antigos que não aceitavam as mudanças, aprovaram essa edição participando ativamente com toda a família, desde o mais idoso ao mais jovem tanto em shows musicais como das meninas do Bionne e do CUFA, apresentações teatrais e das oficinas que este ano foi recorde de público”, enfatizou Daniel Pellegrim, secretario de Cultura, Turismo e Meio Ambiente de Chapada.

Destaque para as oficinas – Com objetivo de transmitir conhecimento e motivar novos talentos, as oficinas tiveram participarão inédita nessa edição do evento. As inscrições excederam as vagas oferecidas, aproximadamente 300, entretanto, a organização abriu novas vagas para que todos pudessem participar. “Tivemos pessoas que vieram de outras cidades para fazer a oficina de Direção Teatral e a participação em massa das crianças de Chapada tanto na oficina de Brinquedos quanto na de Canto Coral”, enfatiza Daniel Pellegrim.

Entre as oficinas, uma das mais concorridas foi a ministrada pelo Grupo Semente que ensinou às crianças a importância da reutilização do lixo criando brinquedos como bolas de malabares, fantoches de caixas de leite, entre outros e noções ambientais para a conservação da natureza. “É fundamental que as crianças conheçam de onde vêm os materiais e como recicla-los transformando-os em brinquedos”, enfatiza a coordenadora geral do grupo Sementes, Eliana Megale.

Outro destaque foi à oficina de Direção Teatral ministrada por Sandro Lucose, diretor do grupo de teatro Mosaico. “Optei por uma oficina voltada somente para diretores por que a maioria dos cursos de teatro é oferecido para atores. O que deixa o mercado bastante carente desse tipo de formação”, completa Lucose. Ele afirmou que ficou bastante satisfeito com o nível dos participantes que puderam trocar vivências e aprenderam como lidar com situações de impacto nas vésperas de um espetáculo e ser um líder nato para administrar crises de elenco.O resultado desse trabalho pôde ser conferido na interpretação da peça do paraibano Tarcisio Pereira “A esmola que o diabo deu ao cego”que foi apresentado no pátio da igreja de Santana.

Bonecas que geram lucros – Utilizando papéis, cabaças, garrafas pets aliadas à técnica, muita criatividade e um acabamento perfeito, Stefânia Batista, artesã de Chapada dos Guimarães que faz parte da equipe de profissionalização da Secretaria de Estado de Cultura, ensinou a arte de produzir bonecas ‘Amazílias”, numa oficina durante o Festival. De uma família de artesãos de Recife, Pernambuco, Stefânia que já participou de exposições e na capital paulista e em Brasília – DF, é a prova que com vontade e dedicação é possível viver só do artesanato, legado que já passou para os filhos. “Atualmente, meu filho está no Rio de Janeiro trabalhando com confecção e venda das bonecas amazílias (mulheres de busto grande)”.

O Festival terminou, sem nenhuma ocorrência grave, é já deixando saudades. Mas em agosto, a equipe já começa a se reunir para a elaboração da próxima edição.





Fonte: O Documento

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