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Quarta - 06 de Fevereiro de 2013 às 08:02
Por: FERNANDA CRUZ

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou ontem que a previsão do governo é que até o final deste semestre todas as licitações de ferrovias estejam feitas. “Daqui a um mês, começaremos a fazer todos os leilões”, informou Mantega, durante o fórum Infraestrutura e Energia no Brasil: Projetos, Financiamentos e Oportunidades, que ocorreu na capital paulista.

O ministro destacou a importância de o Brasil construir uma extensa agenda de investimentos, “fundamental para viabilizar o crescimento sustentável do país”. Ele anunciou durante o evento um novo modelo de concessão de rodovias para atrair investimentos.

Mantega reforçou que existe uma correlação forte entre investimento e crescimento. Por isso, defendeu o esforço do setor público no investimento direto, ampliado nos últimos anos. “Mas não é suficiente para [o país] deslanchar”, disse.

DEFESA

Na presença dos empresários, Mantega defendeu que o país traz condições favoráveis para os investimentos na área de infraestrutura, já que tem, atualmente, seus principais gastos sob controle ou estacionados.

Como exemplos, o ministro disse que o principal gasto, o da Previdência Social, está “sob controle”, assim como as despesas com folha de pagamento de pessoal, segunda maior do governo. Quanto aos juros, terceira maior despesa, apresentam uma trajetória de queda, de acordo com Mantega.

“O Brasil reúne condições para ter crescimento sustentável: tem bases sólidas, fundamento fiscal e política fiscal sólidas, buscando superávits primários fortes, mantendo a redução da dívida pública, mesmo no período de crise”, disse.

Mantega declarou ainda que o governo fará novas reduções de tributos, ainda este ano. “Só no ano passado, fizemos desoneração equivalente a 1% do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro”.

Ele exemplificou citando as desonerações feitas na folha de pagamentos, que visam a reduzir o custo da mão de obra. Segundo o ministro, medidas como essas são importantes para os investidores, uma vez que o atual quadro de quase pleno emprego que o país vive, embora bom para a população, gera problemas aos empreendedores.

RODOVIAS

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo oferecerá um novo modelo de concessão rodoviária como forma de atrair mais investimentos na área de infraestrutura. “Ele [novo modelo] dá mais vantagens na área financeira, nós aumentamos o prazo de financiamento, estamos aumentando também o prazo da concessão.”

De acordo com o ministro, o prazo para o financiamento das concessões passará de 20 para 25 anos. O prazo das concessões também será estendido, de 25 para 30 anos.

Segundo o ministro, a necessidade de garantias exigidas do investidor vai diminuir e haverá menor exigência de comprovação de patrimônio liquido.“Isso vai aumentar muito a taxa de rentabilidade. Nós caprichamos, vamos ter um consórcio dos três bancos, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”.

A taxa de retorno real, segundo Mantega, poderá ficar acima de 10%. “Dependerá da eficiência do empreendedor”, declarou. "Essas condições são atrativas para o investidor", destacou. De acordo com o ministro, um modelo semelhante ainda será estudado para o setor ferroviário.





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