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Quarta - 28 de Junho de 2006 às 12:05

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A Fórmula 1 enfrentará uma recepção incerta na próxima etapa da temporada, quando retornará ao autódromo de Indianápolis no fim de semana para o Grande Prêmio dos Estados Unidos, encarando muitos fãs que ainda não apagaram da memória o fiasco do ano passado.

Aas escuderias Ferrari, Jordan e MinardiApós uma controvérsia sobre pneus que deu início a um boicote de sete escuderias, deixando apenas seis carros para disputarem o GP, os torcedores norte-americanos - que já não são os mais apaixonados pela F-1 - não esquecerão com facilidade os 14 carros voltando para os boxes antes da largada alegando problemas com a segurança dos pneus.

Espectadores nervosos não se intimidaram ao expressar sua insatisfação, atacando lixo no circuito e vaiando quando a Ferrari de Michael Schumacher recebeu a bandeirada quadriculada.

Um ano mais tarde, ainda é possível sentir os restos dessa disputa com Bernie Ecclestone, responsável na F-1 pela negociação com os autódromos, e Toni George, dono do circuito de Indianápolis, soltando farpas através da imprensa.

Com o contrato com os norte-americanos pronto para ser renovado, Ecclestone decidiu adotar uma linha dura em sua postura, dizendo que a F-1 não precisa de uma corrida nos Estados Unidos.

"Não importa para a F-1 se não tiver o GP dos EUA", disse Ecclestone ao jornal The Times. "Não estou preparado para subsidiar uma corrida na América do Norte."

"Nunca tivemos um patrocinador lá e a televisão nunca decolou - nós temos mais telespectadores em Malta que nos EUA", continuou Ecclestone.

Concessões

Com a China, Índia e Rússia entre os principais países que buscam Ecclestone pedindo por uma vaga no calendário da F-1, o cartola deixou claro que não oferecerá aos organizadores norte-americanos nenhuma concessão para ajudar a minimizar o fracasso dos últimos anos.

A postura de Ecclestone, no entanto, não reflete a visão das equipes, que não estão apenas ansiosas para correr nos EUA, como para correr duas vezes. "Nós gostamos de correr no país", disse Jean Todt, chefe da Ferrari. "Só para lembrar que a Ferrari tem seu maior mercado nos Estados Unidos - um terço de nossos carros é vendido no país, então para a visibilidade da Ferrari e da F-1, nós achamos essa corrida importante."

Norbert Haug, diretor da McLaren, compartilha o sentimento. "Oficialmente somos uma equipe teuto-americana e, se pudéssemos, gostaria de ter pelo menos duas corridas no país", disse Haug. "Claro, ano passado ficou longe de ser o ideal, mas teremos outra chance na semana que vem e tenho certeza que teremos uma corrida muito boa."

Os pilotos demonstram estar igualmente confiantes, se não ansiosos, apesar de os torcedores norte-americanos não se envolverem com sedução da categoria.

"As pessoas que vieram no ano passado, obviamente não ficaram felizes, mas o que sentimos nas temporadas anteriores é que eles estão se fascinando pela F-1", disse o atual campeão da categoria, Fernando Alonso, da Renault.

"É verdade que a categoria não é muito popular nos EUA, mas as pessoas que vão até o circuito são realmente bons fãs e acho que gostam da corrida."





Fonte: 24Horas News

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