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Esportes
Quarta - 28 de Junho de 2006 às 10:17

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Desta vez não sobrou nem a história de um grande meio-campista para salvá-lo. Em mais um capítulo de um desempenho decepcionante para alguém de seu nível, Ronaldinho de novo não foi nem sombra do melhor jogador do mundo no Barcelona.

Se a seleção de Carlos Alberto Parreira outra vez não convenceu, o meia-atacante contribuiu de forma contundente para isso. Sem brilho durante quase todo o jogo, ele iniciou a fase de mata-matas da Copa bem menos participativo.

Contra Gana, a bola passou muito menos pelos pés de Ronaldinho do que na primeira fase. Ele recebeu 42 bolas de seus colegas, contra 66, em média, na etapa de grupos.

Assim, deu apenas 38 passes, número bem inferior às 64 bolas que distribuiu, também em média, nos confrontos com Croácia, Austrália e Japão.

Como passou em branco diante dos ganenses, o astro completará um ano sem fazer gols pela seleção --o último foi na final da Copa das Confederações, 4 a 1 contra a Argentina, em 29 de junho de 2005.

Ontem, após a vitória sobre Gana, Parreira classificou a atuação do jogador, eleito pela Fifa o melhor do planeta em 2004 e 2005, como "razoável".

"Evidente que, pela categoria do Ronaldinho, ele pode subir mais. Espero que ele suba um degrauzinho e espero que seja nas quartas-de-final. Não disse que espero mais dele, me perguntaram... Não só ele, faltou o time trabalhar mais as jogadas antes do chute", afirmou.

O técnico, que pediu mais "alegria" a Ronaldinho em campo, tem afirmado que ele tem liberdade total para atuar.

Na seleção, Ronaldinho joga de forma diferente da do Barcelona. Em entrevista à Folha, ele afirmou que na equipe nacional fica muito longe do gol, apesar de dizer que não se importa em ser meia na seleção.

"Tenho que passar por um, dois, três, quatro jogadores e, mesmo assim, ainda estou distante do gol", declarou o atleta, que, no Barcelona, atua no ataque. Após o jogo contra Gana, ele admitiu o mau futebol.

"Por enquanto, tenho que me contentar em dar passes", disse ele, que jogou boa parte do segundo tempo na função que mais gosta e, mesmo assim, só finalizou duas vezes ao gol.

"É uma pena [não ter feito gols]. Considero um jogo perfeito quando dou passe, faço gols. Isso não aconteceu."

Ronaldinho afirmou que não só ele, mas também todo o time, tem "muito a evoluir". "Mas, se ganharmos todos os jogos por 3 a 0 sem jogar bem, está perfeito", afirmou.

Um dos mais queridos do grupo, ele ganhou apoio do lateral Roberto Carlos. "Acho que ele tem de ficar tranqüilo. Tenho certeza de que o homem lá de cima está reservando alguma coisa muito boa para ele até o final da Copa."





Fonte: Folha Online

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