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Internacional
Terça - 27 de Junho de 2006 às 17:05

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O presidente da Comissão Européia (CE), José Manuel Durão Barroso, se comprometeu nesta terça-feira a ajudar o Haiti a reconstruir sua infra-estrutura, após se reunir com o presidente haitiano, René Préval, que faz sua primeira viagem pela Europa desde que assumiu o cargo, em maio.

"Foi uma reunião muito interessante, porque pude conhecer as prioridades de Préval e do Haiti e garanti a ele nosso apoio", afirmou Durão Barroso em entrevista coletiva.

O presidente da CE anunciou uma ajuda inicial de 233 milhões de euros do Fundo de Desenvolvimento da UE ao Haiti entre 2008 e 2013. Segundo fontes da CE, essa quantia representa um pequeno aumento em relação aos 167 milhões de euros doados entre 2002 e 2007.

Durão Barroso elogiou Préval pelo "esforço de reconciliação nacional" empreendido após as eleições presidenciais de fevereiro e deu como exemplo a composição da delegação que acompanha o presidente, com membros "que até pouco tempo atrás eram adversários".

O presidente do Executivo da UE qualificou de "lógico" o pedido feito hoje por Préval para que a ajuda da UE se concentre na infra-estrutura.

Segundo o comissário europeu para Ajuda Humanitária e Desenvolvimento, Louis Michel, dos 233 milhões de euros, 177 milhões serão destinados a obras de infra-estrutura, sobretudo estradas.

A CE também financiará 150 mil refeições diárias para estudantes haitianos, uma medida que estimulará a população a enviar seus filhos à escola, em um país no qual menos da metade dos 8,4 milhões de habitantes sabe ler e escrever.

Michel disse na entrevista coletiva que haverá fundos extras para o Haiti em função de seu processo de democratização e de boa administração.

Préval lembrou hoje que "foi feito um grande esforço nas eleições para reunir todos os setores políticos, sociais e econômicos visando a estabilidade política".

"Esta estabilidade será reforçada pela manutenção do diálogo e a renovação do mandato da [força de estabilização da ONU] Minustah", que assegura a paz no Haiti desde junho de 2004, após a revolta popular que derrubou o presidente Jean Bertrand Aristide.

A CE defende que a presença da Minustah seja mantida e reforçada. A força conta atualmente com 7.151 efetivos militares e 1.752 policiais.





Fonte: Folha Online

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