"Fantasma da desclassificação" faz Parreira descartar "show"

Na véspera do jogo contra Gana, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo-2006, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, deu uma amostra de seu famoso pragmatismo e disse que a palavra "show" não se aplica ao futebol, ainda mais com a pressão do que chamou de "fantasma da desclassificação".

"[Jogar bem] é ganhar. Se puder dar espetáculo, se puder ganhar bonito, entre aspas, eu acho importante. A palavra show não se aplica a futebol. O importante é ter eficiência. Ninguém é contra jogar bonito e com eficiência, acho que a seleção pode fazer isso e fez contra o Japão", disse o técnico.

"Agora em oitavas-de-final existe o fantasma da desclassificação, de você voltar para casa. É evidente que o peso sobre a seleção de Gana nem se compara com o nosso, eles são francos-atiradores. A pressão é toda em cima do futebol brasileiro. Então temos que ter a cabeça no lugar para não perder nunca o controle da partida. Se puder complementar as duas coisas [eficiência e jogar bonito] é bom, mas o fundamental é ganhar", continuou.

O treinador mais uma vez negou-se a adiantar a escalação da seleção, mas disse que os jogadores saberiam na noite desta segunda-feira quem iria jogar.

As dúvidas são fruto da boa apresentação do time na vitória por 4 a 1 sobre o Japão, no encerramento da primeira fase, quando Parreira trocou cinco titulares.

Robinho, porém, que era um dos mais cotados para iniciar a partida, sofreu um problema muscular e foi vetado --a dupla de ataque deve voltar a ser formada por Ronaldo e Adriano.