Pelé diz que Ronaldo precisa de sorte para voltar a marcar

O ex-craque brasileiro Pelé afirmou nesta quinta-feira que "talvez o Ronaldo precise de um pouco de sorte" para voltar a marcar gols pela seleção brasileira.

"Não há dúvida de que ele é um jogador com uma grande capacidade de marcar gols, e ele é capaz de quebrar o recorde [de 14 gols de Gerd Müller em Mundiais; Ronaldo tem 12]. Mas para marcar você precisa de habilidade e de um pouco de sorte também. Se você quer um bom exemplo, olhe o Fred no jogo contra a Austrália. Ele entrou, deu um toque na bola e marcou. Assim, talvez o Ronaldo precise de um pouco de sorte também", disse Pelé em entrevista ao site oficial da Fifa.

Na opinião do maior jogador de todos os tempos, os melhores jogadores da seleção brasileira até aqui foram Kaká, Lucio e Zé Roberto. Apesar das críticas que a equipe recebeu, Pelé disse considerar os resultados importantes.

"O Brasil fez o que todos esperavam, que era vencer e passar de fase sem muitos problemas. Eles fizeram isso, mas muitas pessoas estavam esperando que eles dessem show. Isso não aconteceu, e os fãs estão um pouco frustrados. Mas o importante era uma classificação fácil, e agora as coisas vão começar a ter mais importância para o Brasil", disse.

Para as oitavas-de-final, Pelé afirmou que o Brasil não deve escolher adversários. Mas destacou Alemanha, por jogar em casa, e Argentina como os times que podem mais assustar.

"Em uma Copa do Mundo, você não deve escolher adversários. Você tem que estar pronto para jogar contra todo mundo. Claro que qualquer um que enfrentar a Alemanha, que joga em casa e está cheia de confiança, terá problemas. Para mim, seria melhor evitá-los. Se o Brasil se classificar em primeiro, só pode enfrentar a Alemanha na final. Isso é crucial. A Argentina também mostrou que está jogando muito bem e que tem uma equipe perigosa".

Para Pelé, a maior decepção da Copa até agora é a França, que, em sua visão, ainda não conseguiu apagar a imagem do fracasso do último Mundial.

"Eu fiquei decepcionado com a França porque eles vieram para cá com a responsabilidade de apagar a terrível impressão deixada na última Copa, quando chegaram como campeões do mundo e não avançaram à segunda fase. Até agora, eles não conseguiram fazer isso".