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Politica Brasil
Domingo - 18 de Junho de 2006 às 14:48

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O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, foi vaiado na noite de sexta-feira durante discurso na 20ª Festa do Peão de Americana (128 km à noroeste da capital). Depois, em entrevista, questionou o caráter do presidente Lula e insinuou que ele seria o "chefe de uma quadrilha de 40 ladrões".

"Sobre caráter, eu acho difícil que o presidente Lula possa discorrer sobre esse tema. Porque o procurador da República disse que, entre ministros, assessores diretos e nos altos escalões, havia uma quadrilha de 40 ladrões, e a população pergunta quem é o chefe dessa quadrilha. É isso que ele precisa responder", disse.

Alckmin reagiu às declarações de Lula em Olinda (PE), anteontem. O presidente havia dito ter caráter ao responder aos ataques da oposição, a quem atribuiu um "jogo rasteiro" contra seu governo. Com relação às vaias, Alckmin disse que "isso é normal". "Aliás é um recado. Nunca atrase festa".

No dia 16 de fevereiro deste ano, quando inaugurou a segunda etapa de obras da USP Leste, enfrentou um protesto de um grupo de 15 estudantes, que pediam mais verbas para a educação. Na ocasião, o tucano foi vaiado insistentemente.

Alckmin chegou à festa do peão, em Americana, por volta das 21h. Conversou com os organizadores e, por eles, foi levado à arena (que comporta cerca de 5.000 pessoas), acompanhado de políticos locais. Após as lideranças locais discursarem, foi a vez do candidato tucano falar. Nesse momento, começaram as vaias generalizadas.

Alckmin discursou por cerca de um minuto, falando sobre a importância do evento, que, segundo a organização, reuniu cerca de 30 mil pessoas. Depois, passeou pela festa, cumprimentou pessoas e tirou dezenas de fotos.

O candidato disse ainda que as eleições serão decididas em dois turnos e que conquistar votos no Nordeste é o grande desafio dele para chegar ao segundo turno. "Essa é uma eleição em dois turnos e nós temos que trabalhar para ir para o segundo", disse Alckmin.

O tucano ainda respondeu ao presidente Lula que não há ódio na oposição. " Não há nenhum ódio. É estranho que o PT, que criticava tanto não goste de ser criticado. Você ficar bravo com a notícia é não ter aprendido com a crise."

Ontem, Alckmin disse, ao desembarcar em Rio Grande (322 km de Porto Alegre), que o presidente Lula "trouxe desesperança para o Brasil por causa de sua política de omissão". Depois foi à Câmara Municipal da cidade acompanhado de políticos locais e de Yeda Crusius, que deve ser a candidata tucana ao governo do Estado.

Antes de seguir rumo a Pelotas, Alckmin falou de futebol. Disse que a seleção vencerá hoje a Austrália por 3 a 1. Em Pelotas (263 km ao sul de Porto Alegre), ele fez mais críticas ao presidente. "Lula está abusadíssimo no uso da máquina pública. Faz uma campanha descarada, descerrando placas [de obras] que não existem."





Fonte: Agência Folha

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