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Politica Brasil
Domingo - 18 de Junho de 2006 às 07:46
Por: Auro Ida

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A chapa tendo o governador Blairo Maggi (PPS), candidato a reeleição, e o deputado federal Carlos Abicalil (PT), ao Senado Federal, começou a ganhar forma após a audiência, na última segunda-feira, no Palácio do Planalto, entre o presidente Lula e o chefe do executivo estadual. Essa alternativa poderá se concretizar caso na convenção nacional, amanhã, o PPS opte em deixar o partido livre.

"Temos que aguardar o resultado da convenção do PPS para fechar as negociações", informou um dirigente socialista. Em razão disso, Maggi trabalha pessoalmente para evitar o apoio formal do PPS ao candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, e ter, dessa forma, a liberdade para construir o arco de aliança em torno da sua candidatura à reeleição.

Nesse quadro, ele poderia escolher os partidos que serão seus aliados e, o que é mais importante, definir o candidato a presidente que irá apoiar. Maggi tem sido "namorado" tanto pelo tucano Alckmim, de quem se diz amigo, como pelo presidente Lula. Na conversa com o presidente, o governador ficou impressionado com seu conhecimento dos fatos da política de Mato Grosso. "Se brincar, o Lula sabe mais do que nós", brincou Maggi, ao relatar a conversa a um assessor.

Na audiência que durou 2 horas, Maggi disse ao presidente que o entrave para o acordo seria a senadora Serys Marly, que vem fazendo duras críticas ao seu governo. Lula respondeu que o seu aliado no Estado é o federal Carlos Abicalil. "O Abi (Abicalil) que é ligado a mim", informou. E garantiu: "Serys não será problema".

Para tentar costurar o acordo com Maggi, Lula chamou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. Por orientação de Maggi e Lula, ele manteve contato com o secretário geral do PPS, Rubens Bueno, pré-candidato ao governo do Paraná. Genro garantiu a Bueno que, num acordo político, o PT daquele Estado apoiaria a sua pretensão.

Desde então, Maggi e Bueno trabalham para o PPS não apoiar nenhum candidato a presidente. Os dirigentes do PPS em Mato Grosso, além do governador, negam qualquer entendimento com o PT, embora as negociações estejam bem avançadas, dependendo da convenção socialista desta segunda-feira.

Para se ter uma idéia disso, o grupo político ligado a Carlos Abicalil já trabalha com a possível aliança entre o PPS e o PT em Mato Grosso. Em conversas reservadas, assessores do parlamentar admitem que o petista poderá disputar o Senado Federal nas próximas eleições, fazendo dobradinha com Blairo Maggi.





Fonte: Da Redação

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