Repórter News - www.reporternews.com.br
Polícia Brasil
Sexta - 16 de Junho de 2006 às 07:37

    Imprimir


Uma menina de 12 anos e o irmão dela, de 14, que tem deficiência mental, estavam sendo estuprados há cerca de 6 meses a 1 ano pelo lavrador Vilmar Neves de Souza, 40, na gleba Mercedes, que fica a 80 km de Sinop (500 km de Cuiabá).

Os dois contaram à polícia que só não revelaram a agressão antes porque estavam ameaçados de morte.

Laudo do IML confirma que houve rompimento de hímen e ato libidinoso, além de outras lesões corporais.

O caso tornou-se público no último sábado após Vilmar tentar arrastar a menina para um matagal e ser visto por um pescador que chamou toda a comunidade.

A polícia foi acionada. "Ligaram para nós, dizendo que tinha uma pessoa amarrada em uma árvore, a ponto de ser linchada pelos moradores", conta o delegado Thormires Godoy, que está investigando o caso. "Todos ali se conhecem".

Feito o flagrante, a menina acabou confirmando que já perdeu as contas de quantas vezes foi molestada e o irmão dela diz que com ele aconteceu uma vez.

Eles continuam sob a guarda da família, na gleba. A mãe disse à polícia que não sabia de nada.

Para o delegado, a pré-adolescente fica mais exposta a esta e outras ações violentas quando vai para escola, porque tem que caminhar a pé e sozinha por quase 10 quilômetros.

O agressor, que é casado, foi preso em flagrante e esteve detido na Delegacia Municipal de Sinop até ontem, mas, mediante o laudo do IML e a prisão temporária decretada contra ele, será encaminhado para o Presídio de Sinop.

O delegado não soube informar se Vilmar tem filhos, porque ontem ainda não havia colhido o depoimento dele.

De acordo com Godoy, este tipo de crime é muito comum em Sinop, principalmente na zona rural, mas na zona urbana ocorre também, embora muitos casos acabem "abafados" dentro de casa.

O único Conselho Tutelar da cidade está acompanhando o caso. A conselheira Anamir Antonette avalia que este é um problema social grave.

Na opinião dela, falta "vergonha na cara" de agressores, embora no município não tenha nenhum trabalho de acompanhamento aos que têm este tipo de patologia.





Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/294458/visualizar/