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Esportes
Sexta - 16 de Junho de 2006 às 07:19

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Defendido publicamente pelos colegas, Ronaldo nunca enfrentou tanta desconfiança dentro da seleção como agora.

Se não engrenar até o terceiro jogo, contra o Japão, perderá o seu posto de titular. Internamente, o técnico Carlos Alberto Parreira dá sinais de que não o manterá no time, caso o atacante repita um desempenho pífio como teve na estréia, diante da Croácia.

A atuação do jogador do Real Madrid preocupou também seus companheiros. Apesar das palavras de apoio ao atleta do clube espanhol, alguns dos colegas dele disseram a amigos, que temiam por uma má atuação de Ronaldo.

Afirmavam que o atacante estava lento nos treinos. Repetiu o problema na estréia.

Depois do jogo, porém, Kaká afirmou que "um pouquinho mais de movimentação" de Ronaldo seria o ideal para o time.

Chegou aos ouvidos de cartolas que acompanham a equipe nacional que Ronaldo ficou magoado com a declaração.

O capitão Cafu saiu em defesa do atacante, substituído no jogo contra a Croácia após ter sua pior atuação em Copas. Durante o dia de hoje, Ronaldo ficou a maior parte do dia recluso e em silêncio.

"Falei com o Ronaldo após o jogo. Disse que estamos ao lado dele, que ele é nosso carro-chefe", declarou o lateral, apostando que o companheiro será "decisivo" na Alemanha.

Cafu disse que o atacante demonstrou abatimento com sua performance na estréia da seleção. O jogador, que deu apenas um chute a gol, foi substituído por Robinho aos 24min do segundo tempo. Ao sair, recebeu vaias da torcida brasileira.

"É claro que o Ronaldo ficou chateado por ter sido substituído. Quem não ficaria. Isso mostra que ele quer jogar", disse.

O médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, afirmou que o atacante, que teve bolhas nos pés e uma virose, não enfrentou nenhum problema durante a partida. "O problema foi o jogo. O Ronaldo tem que jogar, eu acho isso", disse Runco.

Ontem, durante a folga dos atletas da seleção, Ronaldo ficou distante dos companheiros em boa parte do dia. Após regressar de Berlim, ele passou a manhã toda no hotel da delegação brasileira em Königstein.

No início da tarde, ele caminhou em volta da piscina da concentração da equipe. Às 15h10, ele deixou o hotel em um carro com motorista e voltou quatro horas depois. Cercado por fotógrafos e jornalistas, o veículo que trouxe o atacante teve de mudar a sua rota e entrar por um outro portão.

Apesar da insistência dos repórteres, Ronaldo, de cara fechada, se recusou a falar.

No hospital - Ronaldo se queixou hoje de tontura, e os médicos da seleção decidiram levá-lo à tarde para exames em uma clínica de Frankfurt, a principal cidade próxima a Königstein.

Segundo as assessorias da CBF e do jogador, nenhuma anormalidade importante foi descoberta. O médico da seleção, José Luiz Runco, deverá dar uma entrevista coletiva amanhã para esclarecer o que aconteceu com o atacante. Hoje, Runco optou pelo silêncio. Conversou com jornalistas após os exames em Ronaldo e não tocou no assunto.





Fonte: Folhapress

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