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Kofi Annan alerta contra suspensão de pagamentos à ONU
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, disse na quinta-feira que uma crise orçamentária temida para ocorrer no final deste mês por causa da demora nas reformas da entidade será evitada, e implicitamente alertou os Estados Unidos a não deixarem o organismo mundial à míngua.
"A reforma irá adiante, e o limite orçamentário será suspenso. Pelo que posso ver, não haverá crise neste mês", disse Annan em entrevista coletiva.
Países ricos —EUA à frente— impuseram em dezembro um limite ao orçamento da ONU, na tentativa de pressionar países em desenvolvimento a finalmente aprovarem a reforma administrativa da entidade até 30 de junho.
Embora sejam poucos, os países ricos respondem por mais de 80 por cento do orçamento da ONU.
Mas a decisão teve um efeito contrário, pois, em maio, os países em desenvolvimento se rebelaram e derrubaram as partes mais importantes da reforma. Em seguida, ameaçaram simplesmente rejeitar o limite orçamentário.
Representantes dos EUA e do Japão, mesmo sem ameaçar explicitamente suspender os pagamentos deste ano, reclamam que podem sofrer pressão doméstica para fazê-lo.
Algumas autoridades norte-americanas alertaram que alguns parlamentares podem se irritar e cortar os pagamentos de Washington, em reação ao que consideram ser um crescente sentimento antiamericano entre líderes da ONU e países em desenvolvimento.
As tensões entre EUA e ONU voltaram à tona na semana passada, quando o subsecretário-geral Mark Malloch Brown acusou o governo Bush de manter "em segredo" a dependência dos EUA em relação à ONU, porque atuar com a entidade "não é considerada boa política internamente".
INSULTO
O embaixador dos EUA, John Bolton, considerou o discurso um insulto ao povo norte-americano e pressionou Annan a repudiar os comentários de Malloch Brown. Do contrário, alertou o diplomata, "a vítima será os Estados Unidos."
A secretária de Estado Condoleezza Rice posteriormente telefonou para Annan dizendo concordar com as críticas de Bolton.
Annan, por sua vez, apoiou o seu sub, dizendo-se de acordo com o âmago do argumento —que os EUA e a ONU necessitam um do outro.
Bolton também alertou que o discurso prejudicará as reformas. Mas, na quinta-feira, afirmou que EUA, Japão e União Européia asseguraram na véspera aos países em desenvolvimento que o limite orçamentário será suspenso caso o pacote de reformas decole.
Annan disse a jornalistas que não há sinais de que Washington esteja recuando as reformas ou de que os comentários de Malloch Brown tenham tornado sua negociação "muito mais difícil".
"A reforma irá adiante, e o limite orçamentário será suspenso. Pelo que posso ver, não haverá crise neste mês", disse Annan em entrevista coletiva.
Países ricos —EUA à frente— impuseram em dezembro um limite ao orçamento da ONU, na tentativa de pressionar países em desenvolvimento a finalmente aprovarem a reforma administrativa da entidade até 30 de junho.
Embora sejam poucos, os países ricos respondem por mais de 80 por cento do orçamento da ONU.
Mas a decisão teve um efeito contrário, pois, em maio, os países em desenvolvimento se rebelaram e derrubaram as partes mais importantes da reforma. Em seguida, ameaçaram simplesmente rejeitar o limite orçamentário.
Representantes dos EUA e do Japão, mesmo sem ameaçar explicitamente suspender os pagamentos deste ano, reclamam que podem sofrer pressão doméstica para fazê-lo.
Algumas autoridades norte-americanas alertaram que alguns parlamentares podem se irritar e cortar os pagamentos de Washington, em reação ao que consideram ser um crescente sentimento antiamericano entre líderes da ONU e países em desenvolvimento.
As tensões entre EUA e ONU voltaram à tona na semana passada, quando o subsecretário-geral Mark Malloch Brown acusou o governo Bush de manter "em segredo" a dependência dos EUA em relação à ONU, porque atuar com a entidade "não é considerada boa política internamente".
INSULTO
O embaixador dos EUA, John Bolton, considerou o discurso um insulto ao povo norte-americano e pressionou Annan a repudiar os comentários de Malloch Brown. Do contrário, alertou o diplomata, "a vítima será os Estados Unidos."
A secretária de Estado Condoleezza Rice posteriormente telefonou para Annan dizendo concordar com as críticas de Bolton.
Annan, por sua vez, apoiou o seu sub, dizendo-se de acordo com o âmago do argumento —que os EUA e a ONU necessitam um do outro.
Bolton também alertou que o discurso prejudicará as reformas. Mas, na quinta-feira, afirmou que EUA, Japão e União Européia asseguraram na véspera aos países em desenvolvimento que o limite orçamentário será suspenso caso o pacote de reformas decole.
Annan disse a jornalistas que não há sinais de que Washington esteja recuando as reformas ou de que os comentários de Malloch Brown tenham tornado sua negociação "muito mais difícil".
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/294485/visualizar/
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