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Meio Ambiente
Quinta - 15 de Junho de 2006 às 16:05

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A agressividade característica do vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da aids, é um acidente da evolução, sugere estudo publicado na revista Cell. A perda de uma função genética no curso evolucionário predispôs o HIV-1 a provocar a falha no sistema imunológico que é característica da aids, propõe o grupo de cientistas, integrado por pesquisadores da Alemanha, EUA, Reino Unido, França e Gabão.

Um vírus semelhante ao HIV, chamado SIV, infecta diversas espécies de macacos, mas esses primatas não sofrem os graves danos infligidos pela aids nos seres humanos.

Segundo os cientistas, uma proteína viral que permite ao SIV enganar o sistema imunológico e propagar-se também acaba protegendo a imunidade natural do portador.

A proteína viral Nef reduz a ativação das células T, parte crucial do sistema imunológico, e que são destruídas na aids. Reduzindo o número de "vítimas" disponíveis para o vírus, a Nef impede a progressão letal da doença nos macacos. Para o vírus, a proteína oferece uma opção de "crescimento sustentável", permitindo que o invasor se perpetue no animal infectado sem matá-lo.

Nos seres humanos, porém, a proteína Nef do HIV-1 não tem essa função protetora, o que deixa as vítimas à mercê da aids. Segundo as conclusões do estudo, "a função genética desapareceu na evolução do vírus e provavelmente predispôs o precursor do HIV-1 a uma agressividade maior em seres humanos".





Fonte: EFE-AE

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