Apiacás é a próxima parada da Expedição Juruena-Apuí

A equipe de 15 pesquisadores e representantes do poder público que está realizando a Expedição Juruena-Apuí esteve nesta quarta-feira, 14, no município de Apiacás, a segunda parada prevista no roteiro, que segue depois pelo Rio Juruena por seis dias em sua segunda fase e termina em Apuí, no Amazonas, dia 2 de julho.

Pela manhã, em Alta Floresta, eles conheceram dois pontos de turismo sustentável – a observação de um ninho da águia (Harpya harpya) no fragmento florestal do Floresta Amazônica Hotel e a trilha da sumaúma na Estação Ecológica da Paineira, uma trilha de interpretação da natureza em cerca de 100 hectares de floresta preservadas na zona rural.

Para a quinta-feira está prevista a participação da equipe em uma reunião ampliada do Conselho de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Apiacás, onde vão falar sobre a expedição e o processo de implantação do Parque Nacional Juruena, cuja maior porção está neste município.

Em entrevista coletiva em Alta Floresta antes da partida da expedição, o analista ambiental do Ibama Francisco Livino disse que a presença do órgão na região, participando da expedição e dos espaços de diálogo com as comunidades locais, é justamente ouvir os anseios, dúvidas e sugestões para que a gestão do parque tenha participação das pessoas que vivem nas suas proximidades.

“Já se foi o tempo em que a gestão de uma unidade de conservação era feita somente dos seus limites para dentro, hoje cada vez mais nós precisamos da participação da comunidade do entorno”, afirmou Livino. Ele explicou que, agora que o PN Juruena foi criado, os próximos passos do órgão serão a elaboração do plano de manejo e a mobilização para a composição do conselho consultivo da unidade – um colegiado que deve reunir atores sociais e representantes de todos os municípios abrangidos pelo parque.

Além do reconhecimento do PN Juruena e do Mosaico do Apuí, a expedição vai auxiliar o Ibama e parceiros como o WWF-Brasil e o Instituto Centro de Vida a planejar a elaboração dos estudos para embasar o plano de manejo do parque, um instrumento fundamental para decidir a forma de gestão de uma unidade de conservação.