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Meio Ambiente
Quinta - 15 de Junho de 2006 às 09:12

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A cheia no Pantanal voltou a expulsar de casa famílias que vivem às margens dos rios. O rio Paraguai, um dos principais do Pantanal, está cinco metros acima do nível normal no chamado "período das águas". Nessa época comunidades inteiras ficam isoladas e até os animais têm de procurar refúgio.

"É uma vida sofrida, mas tem que viver assim mesmo", diz uma moradora que teve a casa alagada. O curral também foi inundado e os animais comem o pouco que aparece da pastagem na superfície da água. Para evitar prejuízos, os peões levam a boiada para terras mais altas.

Algumas famílias ainda tentam resistir à cheia do rio Paraguai, mas no Pantanal quem manda são as águas. Até agosto, quando o nível do rio deve permanecer alto, as casas construídas nos lugares mais baixos vão permanecer fechadas. A solução é buscar refúgio onde a água ainda não chegou. "Vamos correr para algum lugar e esperar passar as águas", diz o pescador Odinei Bastos.

Navios de guerra da Marinha estão na região para ajudar as comunidades pantaneiras. A cidade mais próxima fica a 300 quilômetros de distância. E o acesso só é possível pelo rio. Por este motivo, muitos desses brasileiros que moram no Pantanal nunca foram a um hospital. Um bebê de um mês chamado Eduardo nunca tinha de tomado vacina. "Ele nasceu aqui mesmo, no mato. A parteira foi a minha mãe", conta a mãe da criança.

A previsão é de que 80% de toda a planície pantaneira fiquem debaixo da água nos próximos três meses.





Fonte: RMTonline

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