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Polícia Brasil
Quinta - 15 de Junho de 2006 às 01:15

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Parentes e amigos do lutador e professor de jiu-jítsu Maurício Miguel Pereira, 44 anos, abriram guerra contra a ex-namorada dele, a atriz Shana Paula Falagan Lima, 24. Maurição, como o atleta era conhecido, foi morto segunda-feira à noite, ca capital fluminense, com tiro disparado pelo pai da moça, o comerciante Paulo Machado Lima, 63, foragido.

A família e os alunos da vítima acusam a jovem de persegui-lo e fazer escândalos para envergonhá-lo. Parentes de Shana, porém, garantem que o lutador era agressivo e morreu por tentar invadir a casa da jovem, na Barra. O acusado, segundo advogados, deverá se apresentar à polícia até amanhã.

A advogada Ana Claudia Nogueira Travassos, 43, ex-mulher do lutador, com quem teve uma filha, afirmou que Shana era quem perseguia seu ex-marido e o ameaçava de morte. "No dia do crime, ela chegou a ligar 30 vezes para Maurício. Não agüentando mais, ele resolveu ir, à noite, tomar satisfações. Deu no que deu", disse. Ela também acusa a atriz de fazer ligações para sua casa e ameaçar a filha. Por isso, Ana Cláudia afirmou que registrará queixa contra Shana.

Os parentes de Maurício acusam ainda a atriz de chamar o ex-namorado em sua casa para exibir novos namorados. A versão também foi contada à reportagem na noite de ontem por funcionários do condomínio dela.

Ontem à tarde, por sua vez, a mãe da atriz, Alba Regina Falagan, registrou queixa na 16ª DP (Barra) por ameaças de morte que estaria recebendo por telefone de pessoas ligadas à vítima. Shana, que passou o dia em casa, não quis atender a imprensa. Na DP, Alba estava com uma sacola e disse à polícia que eram objetos deixados por Maurício quando foi visitar sua filha de 16 anos, Mariana. Ao ser baleado, largou a sacola no chão. "Quero saber quem matou meu pai. Estou revoltada e quero justiça", afirmou a filha de Maurição.

Aluno do lutador, Fabrício Werdum, 28 anos, tricampeão mundial e campeão brasileiro, ficou arrasado. "Foi covardia. Vou dedicar minha vitória a ele", afirmou, referindo-se ao campeonato que vai disputar, no Japão, dia 2. Maurício iria com ele.

"Shana é problemática, descontrolada e possessiva. Tem ciúmes de tudo. Era ela quem não se conformava com o fim do romance. Ela chegou a ligar dizendo que estava em casa, com novo namorado, e perguntou se ele não queria conhecê-lo", disse Werdum.

Amigos, lutadores, parentes e pessoas que o conheciam do Brasil e de países como Croácia, Espanha e Japão, onde Maurício deu aulas e fez seminários, deixaram mensagens de adeus ao lutador no Orkut. Shana escreve: "Tentei socorrê-lo"

Mais de 100 pessoas foram ao enterro no Cemitério São João Batista, principalmente alunos da Academia Hunter, no Recreio, da qual o lutador era dono. Sobre o caixão, seu quimono e faixa preta. "Ele nunca foi violento, nunca agrediu ninguém. A vida dele era o esporte", disse Gustavo Miguel Pereira, 46 anos, irmão da vítima.

Em sua página no Orkut, onde várias pessoas deixaram mensagens a agredindo, Shana escreveu, às 21h22 de terça-feira: "Saibam que isso foi uma fatalidade. Jamais desejei mal ao Maurício, sempre o respeitei e nunca imaginei que pudesse acontecer algo assim. Tentei socorrê-lo e fazer o que podia para ajudar. Ele morreu nos meus braços. Não fui covarde. Faria tudo para que nada tivesse acontecido".

Manifestações estão sendo programadas. A Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Olímpico fará homenagens ao lutador durante campeonato, dias 22 e 23 de julho, no Rio. Alunos vão se reunir, segunda-feira, para decidir o rumo da Hunter. Mariana, a filha de Maurício, afirmou que vai assumir a Hunter.





Fonte: O Dia

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