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Agronegócios
Terça - 13 de Junho de 2006 às 08:52

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A participação do Brasil, que foi de 39,1% das exportações mundiais em 2005/06, deve cair para 35,7% nesta safra. Já a fatia americana vai aumentar de 36,8% para 41,7% no mesmo período. "Aparentemente, o câmbio desfavorável ao Brasil e os elevados estoques americanos vão tornar os EUA mais competitivos, em detrimento do Brasil", disse Renato Sayeg, da Tetras Corretora.

As exportações brasileiras de soja devem somar 25,4 milhões de toneladas, volume 2,3% menor que na safra anterior. A produção, segundo o USDA, será de 56 milhões de toneladas em condições ideais, ligeiramente superior às 55,7 milhões de toneladas do período 2005/06.

Outra surpresa é a estimativa para a produção e importações da China. A safra será 1,7% menor, totalizando 16,9 milhões de toneladas, e as importações devem ser recorde, de 31,5 milhões de toneladas, 14,5% maiores que na safra 2005/06.

A oferta mundial será 0,1% maior, de 222,04 milhões de toneladas, enquanto a demanda deve crescer 3,5%, para 219,4 milhões de toneladas, prevê o USDA. "Com isso, os estoques mundiais vão crescer num ritmo menor que o visto nos últimos anos", observa Sayeg. Os estoques mundiais serão de 57,5 milhões de toneladas na safra 2005/06, volume apenas 3,6% maior que o do ano anterior. Entre as safras 2005/06 e 2004/05, os estoques mundiais tinham crescido 15,8%, resultado de uma supersafra mundial.

Apesar do quadro ser ligeiramente mais favorável, o governo americano manteve praticamente estável sua projeção de preços médios da soja para a safra 2006/07. O preço médio deve ficar entre 510 centavos e 610 centavos de dólar o bushel (US$ 11,24 a 13,44 a saca), pouco abaixo da média da safra 2005/06, que foi de 565 centavos de dólar o bushel (US$ 12,45).

Algodão

O USDA prevê que as importações brasileiras de algodão irão praticamente triplicar na safra 2006/07, para 500 mil fardos. Após forte redução do plantio na safra passada, a produção deve se recuperar, chegando a 5,5 milhões de fardos, volume 17% maior. As exportações devem cair 26,8%, para 1,5 milhão.

A safra australiana foi mantida em 2,7 milhões, mas as exportações foram reduzidas em 9,6%, para 2,8 milhões.

Na China, a produção será 4,9% superior, de 27,5 milhões de fardos, enquanto as importações irão aumentar 5,2%, para 20 milhões na safra 2006/07.





Fonte: Olhar Direto

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