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Politica Brasil
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 18:20

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O PT descartou nesta segunda-feira a inclusão da proposta de autonomia do Banco Central no programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O assunto foi levantado no início do governo, mas encontrou forte resistência entre os petistas. O assunto foi tirado de pauta por ordem do então ministro da Fazenda Antonio Palocci a pedido das bancadas do partido no Congresso Nacional.

"Aspectos técnicos devem ser conduzidos tecnicamente. Isso não quer dizer, na minha opinião e na maioria do PT hoje, que nós devamos ter uma relação de isolamento do Banco Central do Poder Executivo", afirmou o presidente do partido, Ricardo Berzoini.

"E poderemos ter na relação com o BC essa visão de que há estratégicas institucionais [próprias do BC], mas ele responde a uma política econômica macro, que é decidida pelo Legislativo e pelo Executivo", acrescentou.

"Não se pode trabalhar com idéia de autonomia total, porque isso seria retirar o Banco Central do controle democrático da sociedade" e "o Banco Central deve estar submetido ao crivo do Executivo, não deve ter autonomia legal", foram outras frases pronunciadas pelo presidente do PT.

O coordenador da campanha do presidente Lula, ministro Marco Aurélio Garcia, confirmou a exclusão do tema da campanha e disse que, neste ano, o governo já adota uma inflexão na política econômica em função dos ajustes feitos nos três primeiros anos da gestão PT.

"Não se está propondo ruptura do modelo econômico. É possível uma política que responda às diretrizes que mencionei de maior crescimento, maior distribuição de renda", afirmou.

"Obviamente não vamos fazer bravatas no programa de governo. Não vamos apresentar formulações genéricas e inconsistentes", completou Berzoini.





Fonte: Folha Online

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