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Politica Brasil
Domingo - 11 de Junho de 2006 às 19:40

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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi fundado em 25 de junho de 1988, formado, principalmente, por parlamentares dissidentes do PMDB. Eles se diziam descontentes com os rumos políticos do partido, em especial, durante a elaboração da Constituição de 1988, com a formação do chamado Centrão, articulação de centro-direita contrária à aprovação de medidas progressistas na Carta Magna.

A referência dos parlamentares, que haviam defendido a implementação de medidas como o parlamentarismo na Constituição, era a social-democracia européia. O PSDB estruturou-se em torno da candidatura do então senador Mário Covas à Presidência da República na primeira eleição direta após 20 anos de ditadura, em 1989. A consolidação veio com a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994.

Atualmente, o PSDB tem seis governadores: Aécio Neves, em Minas Gerais; Lúcio Alcântara, no Ceará; Simão Janete, no Pará; Cássio Cunha Lima, na Paraíba; Ottomar Pinto, em Roraima; e Maria de Lourdes Abadia, no Distrito Federal. Tem 16 senadores e 57 deputados federais, além dos 163 deputados estaduais.

"O PMDB era um partido com projetos regionais, um partido de caciques sem uma orientação nacional", diz o deputado federal Sebastião Madeira, presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido. "Os políticos que saíram para fundar o PSDB não concordavam com a falta de uma proposta nacional".

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Jutahy Magalhães Jr. (BA), conta que entrou para o partido em 1989, e acompanhou de perto seus primeiros passos. "Era um partido congressual, que não tinha bases nos estados, mas era direcionado em função das figuras", observa. "Era um partido de quadros que tinha presença em alguns estados como São Paulo, Minas, Paraná e Ceará. A partir da campanha do Covas, o partido enraizou-se em todo o Brasil", acrescenta.

Na eleição de 1989, Covas perdeu no primeiro turno, e Fernando Collor de Mello foi eleito presidente do Brasil. Após o impeachment de Collor, em 1992, o PSDB chegou ao governo a convite do novo presidente, Itamar Franco.

À época, Fernando Henrique Cardoso assumiu como chanceler e, depois, como ministro da Fazenda, quando implementou o Plano Real - plano econômico que reduziu a inflação e colocou, por quatro anos, a moeda brasileira em paridade com o dólar.

Em 1994, para chegar ao poder, os sociais democratas, que se auto-definem como de centro-esquerda, aliaram-se a um partido de direita: o Partido da Frente Liberal (PFL), integrado por políticos que vinham da antiga Arena, partido de apoio ao regime militar, ao qual o MDB, origem do PMDB, fazia oposição.

"Foi a junção de antigos adversários, mas isso não impede que se faça uma aliança no plano eleitoral, e isso também não impede uma convivência no plano da administração", avalia o senador Álvaro Dias (PR), vice-presidente da Executiva Nacional do PSDB.

Nos oito anos em que permaneceu na presidência, o partido consolidou o Plano Real e privatizou serviços públicos antes controlados pelo estado, como na área de telecomunicações, energia elétrica e gás canalizado.

Na última eleição para presidente, em 2002, o candidato do PSDB, José Serra, foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva e o partido tornou-se uma das principais forças de oposição ao atual governo no Congresso Nacional.





Fonte: Agência Brasil

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