Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 29 de Maio de 2006 às 08:28

    Imprimir


Acusado de 6 homicídios e preso no Presídio de Santo Antônio do Leverger, o soldado José de Barros Costa ainda faz parte da corporação da Polícia Militar e recebe salário do Estado. Isso porque o procedimento demissionário dele ainda não foi aberto pela Corregedoria da Polícia Militar, que o investiga há 7 meses.

O Ministério Público denunciou o soldado Costa em março de 2004 pelo assassinato do fazendeiro José Valdênio Lopes Viriato, executado na avenida do CPA em agosto de 2002, mas somente em outubro de 2005 a Corregedoria da PM abriu um inquérito para investigar o policial. Ele também foi denunciado pelo homicídio de Márcio Antônio Costa dos Santos, ocorrido em julho daquele mesmo ano, em uma rinha de galo em Várzea Grande. Além das denúncias do MPE, o soldado PM Costa também foi indiciado no inquérito que apura a morte do vereador e candidato a deputado estadual Valdir Pereira, assassinado em agosto de 2002 após sair de um comício em Várzea Grande. O inquérito é presidido pelo delegado Luciano Inácio, que investiga casos relacionados ao crime organizado.

Recentemente o nome dele apareceu também no processo que investiga a morte dos jovens Leandro Gomes dos Santos, 20, Celso Borges, 19, e Mauro Ventura de Moraes, 22, mortos no dia 15 de maio de 2001, no bairro São Mateus, em Várzea Grande. No julgamento do ex-segurança João Leite, o delegado Luciano Inácio informou que o soldado Costa acompanhou o ex-cabo Hércules Araújo Agostinho e o ex-soldado Célio Alves no momento do triplo homicídio.

O corregedor da Polícia Militar, coronel Marlan Bispo dos Santos, explica que aguarda documentos solicitados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e cópias dos processos para que possa abrir o procedimento demissionário. "Já foram solicitados dois ofícios, o último no mês de março, mas ainda não recebemos toda a documentação necessária. O fato é que precisamos do maior número de informação para que não haja problemas e algo de errado", informou.

O coronel Marlan disse ainda que, na próxima semana, uma equipe da Corregedoria estará se deslocando até a delegacia e também aos fóruns para requerer a documentação e agilizar o processo. "Após obtermos toda a documentação precisamos dar ampla defesa ao acusado e somente depois será dado um parecer sobre a demissão dele".

O advogado do soldado Costa, Anderson Nunes Figueredo, rejeita a ligação do cliente com o triplo homicídio e diz que, quando os 3 rapazes foram mortos, a pistola 380, usada no crime, ainda pertencia a João Leite, que somente no início de 2002 vendeu a arma para Costa. As cápsulas que mataram o fazendeiro saíram de uma pistola 380, que pode ter sido usada por Costa em outros crimes.





Fonte: Gazeta Digital

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/298260/visualizar/