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Internacional
Domingo - 28 de Maio de 2006 às 08:47

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A ONG Christian Aid, do Reino Unido, defende que as tarefas de reconstrução no Afeganistão devem ser realizadas por organizações civis e pelo setor privado, e não pelas forças de paz da Otan, disse hoje o porta-voz Ben Hobbs. Na opinião da Christian Aid, as forças da Otan devem se concentrar em garantir a segurança.

Um grupo de parlamentares britânicos planeja apresentar uma moção para recomendar uma mudança de funções dos militares, aproveitando que o Reino Unido assumiu o controle das tropas no Afeganistão neste mês.

De acordo com Hobbs, os projetos de construção de escolas e hospitais dirigidos pelas Equipes Provinciais de Reconstrução da Otan não são competitivos economicamente.

Uma escola construída por uma equipe da Otan sai mais cara do que uma erguida por uma ONG afegã ou pelo setor privado, "pela inexistência de licitação para a concessão de obras", acrescentou.

Além disso, as equipes não registram seus projetos nas instâncias governamentais, por isso o Executivo afegão tem dificuldade para coordenar os investimentos, prosseguiu o porta-voz da Christian Aid.

"As bolas de futebol entregues pelo Exército britânico aos estudantes na província de Helmand não vão servir para aliviar a pobreza das famílias da região", apontou.

Para Hobbs, os fundos britânicos para a ajuda humanitária deveriam ser canalizados para o Governo afegão, o setor privado, as Nações Unidas e as organizações não-governamentais.

"Caso contrário, os alvos militares interferem nas prioridades humanitárias", alertou.

Hobbs lembrou que o número de ataques das forças opositoras é o mais alto desde a derrubada do regime talibã em 2001, com uma média de 200 por mês.

"Acreditamos que deveriam ser mudadas as ordens às forças de paz britânicas e de outros países da Otan, de modo que se preocupassem exclusivamente em criar um ambiente seguro para o Governo e a população, em colaboração com a Polícia e o Exército afegãos", defendeu.

O Reino Unido tem 3 mil soldados no Afeganistão.




Fonte: EFE

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