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Nacional
Sábado - 27 de Maio de 2006 às 14:16

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O ministro português de Assuntos Exteriores, Diogo Freitas do Amaral, acusou hoje o Governo da Austrália de "ingerência" na política interna do Timor Leste. Freitas do Amaral fez tal afirmação em resposta às palavras do primeiro-ministro australiano, John Howard, que assegurou na sexta-feira que o Governo ruim é o responsável pela violência que afeta o jovem Estado asiático.

"Considero uma ingerência nos assuntos internos do Timor Leste e por nossa parte, divergimos deste tipo de declarações feitas por um país estrangeiro", assegurou Freitas do Amaral ao chegar à reunião informal de ministros de Exteriores da União Européia (UE) em Klosterneuburg, perto de Viena.

Howard disse à emissora australiana "Macquarie Radio" que o Timor Leste "não foi bem governado" e que espera "que a experiência para os que se encontram em posições eleitas de ter de pedir ajuda do exterior ajude num comportamento apropriado no interior do país".

O premier acrescentou que o Timor atravessa o eterno dilema dos pequenos Estados que perdem o controle após adquirir a independência e precisam recorrer à ajuda estrangeira para recuperar a estabilidade.

Cerca de 350 soldados australianos se encontram no Timor Leste e se espera a chegada de outros 950 à antiga colônia portuguesa.

A força militar australiana tem a missão de restaurar a paz rompida pela rebelião de 591 militares, um terço das Forças Armadas, expulsos há alguns meses por protagonizar uma longa greve que reivindica melhores condições trabalhistas.

Além da Austrália, Timor Leste também solicitou a ajuda de tropas de Malásia, Nova Zelândia e Portugal, seu antigo tutor colonial.

Após 24 anos de ocupação indonésia e de três de administração da ONU, Timor Leste se transformou em Estado soberano em 2002.





Fonte: EFE

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