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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Maio de 2006 às 09:20

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A secretaria de Estado de saúde vai intensificar suas ações de combate à óbitos maternos e neonatais. O Estado já está desenvolvendo um conjunto de ações e tendo firmado um pacto com o Ministério da Saúde de estratégias para desenvolver projetos que incluem a implantação do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Infantil a nível municipal, regional e hospitalar além de qualificação e capacitação dos profissionais para análise dos óbitos maternos e suas causas.

O superintendente de Atenção Integral À Saúde (Suais), Victor Rodrigues, disse que “os comitês são mais um instrumento para ajudar o Estado a nortear políticas públicas que ajudem nas ações de prevenção à mortalidade materna e infantil, alertando para a importância das consultas do pré-natal e também estabelecendo o conceito de que o parto normal é o melhor para a mãe e para a criança. A cesariana, como qualquer outro procedimento cirúrgico, coloca em risco a vida”, disse Victor Rodrigues.

Na mortalidade infantil o índice de Mato Grosso é de 18 mortes por cada 1.000 crianças nascidas vivas. “O Estado vem apresentando uma série histórica de melhora nesse setor. Do ano 2000 para 2004 foi conseguida uma variação de menos 17.7% na mortalidade infantil. (O Ministério da Saúde situa os percentuais de menos de 20 de mortalidade infantil como baixos).

Na mortalidade materna, no ano de 2000, Mato Grosso tinha 67.3 mortes maternas em cada 100 mil nascimentos vivos. Em 2004 esse percentual foi para 63.1 em cada 100 mil crianças nascidos vivas. “Os números mostram que a vigilancia precisa continuar até que eles sejam reduzidos a um mínimo aceitável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável até 20 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos”, explicou a técnica da Secretaria de Estado de Saúde na área de Mortalidade Infantil, Regina Coeli. “Mas já estamos desenvolvendo uma série de ações para enfrentamento à redução desses índices”.

Como parte dessas ações será realizado o II Fórum de Mobilização Estadual pela Redução da Mortalidade Materna, no dia 29 de Maio, na Sala da Mulher, na Assembléia Legislativa, das 13 às 18 horas.

Organizado pelo Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Infantil e o Comitê Municipal de Mortalidade Materna e Infantil de Cuiabá o fórum, que será subordinado ao tema: Enfrentando a Mortalidade Materna; Desafio para Mato Grosso, tem a participação de várias parcerias como a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, de Várzea Grande, Assembléia Legislativa de Mato Grosso, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Sociedade Mato-grossense de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Mato-grossense de Pediatria, Universidade Federal de Mato Grosso, Hospital Universitário Júlio Muller, Conselho Estadual de Saúde e Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.

O fórum vai debater caminhos e propostas para enfrentar a mortalidade materna e infantil no Estado constantes do Programa de Acolhimento à Gestante, pela Escola de Saúde Pública. Discutirá, também, informações sobre a “Vigilancia da Assistência Profissional Qualificada durante a gestação, o parto e o puerpério no Estado” e aprofundará o tema “Instrumento Legal de Investigação e a Estratégia de Análise do Óbito Materno”, por meio de mesas redondas. Ao final do encontro será apresentada uma Proposta de Encaminhamento de Estratégia para a Redução da Mortalidade Materna e uma Carta de Intenções. Victor conclui dizendo que “os índices ainda são altos em Mato Grosso devido ao grande número de cesarianas realizadas. O Estado vem promovendo reuniões e capacitações com médicos da área de obstetrícia para uma mudança de comportamento uma vez que, cientificamente, é comprovado que o parto normal preserva a vida da mãe e da criança com menor risco”.

AÇÕES DO ESTADO – O Estado tem tomado várias ações para o enfrentamento à redução da mortalidade materna e infantil. Dentre elas podem ser alistadas, na área de mortalidade infantil, a promoção e o incentivo ao aleitamento materno, a criação de bancos de leite com coleta voluntária, a atenção integral a doenças prevalentes na infância (diarréias, doenças respiratórias, desidratação), melhoria da cobertura vacinal, criação de novos leitos de UTI pediátricos, cursos de reanimação neonatal para profissionais que atuam em salas de partos, monitoramento de doenças diarréicas agudas, triagem neonatal (Exame do Pezinho), promoção de maior rapidez na interligação entre a Central de Regulação e a Urgência Pediátrica, tratamento e acompanhamento de crianças com anemia falciforme no MT Hemocentro, tratamento e acompanhamento de crianças com fibrose sistica pelo Centro de Referencia e Triagem Neonatal (Hospital Universitário Júlio Muller) com garantia de medicamentos, inclusão no calendário básico de imunização da vacina contra o rotavírus e aumento de equipes do Programa de Saúde da Família.

Na área de mortalidade materna as ações da Saúde do Estado incluem a criação de Comitês de Mortalidade Materna, a instituição do pré-natal com seis consultas ou mais e a cobertura vacinal de gestantes com vacina antitetânica.





Fonte: Olhar Direto

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