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Polícia Brasil
Terça - 23 de Maio de 2006 às 09:41

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O Superior Tribunal de Justiça negou mais um pedido de liberdade ao ex-delegado Edgard Fróes. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato da empresária Marluce Alves e do filho dela, Rodolfo Alves, em 2004, no crime que ficou conhecido como Caso Shangri-lá. Edgard Fróes continua preso na Polinter, em Cuiabá, mas ainda não foi julgado.

Outros envolvidos

Benedito da Costa Miranda, o Piré, foi o primeiro envolvido no Caso Shangri-lá a sentar no banco dos réus. Ele foi condenado a 30 anos e dois meses de prisão, no dia 26 de julho de 2004, por ter contratado o homem que executou a empresária e o filho dela.

Hildebrando Passos, o Huck, e Francinei Pereira foram julgados no dia 2 de agosto do ano passado. O primeiro foi condenado a 26 anos de prisão por duplo homicídio com dupla qualificação. Ele levou, em uma moto, o pistoleiro Alexsandro Campos Lemes (18), o Branco, até a casa de Marluce Alves. A intenção era simular um roubo e executar a empresária Marluce Alves. Rodolfo, filho da vítima, também foi morto com um tiro na cabeça.

Já a pena de Francinei ficou em dois anos de prisão e 20 dias/multa por porte ilegal de arma com reincidência. Ele emprestou o revólver calibre 38, que acabou sendo usado no duplo homicídio. Na época em que foi preso, Francinei cumpria pena de um ano e quatro meses de prisão, em regime semi-aberto, por roubo.

Francinei Pereira confessou ter emprestado a arma para Piré, mas garantiu que não sabia para que ela seria usada. A afirmação foi comprovada pelas investigações do Ministério Público.

O pistoleiro Alexsandro Campos Lemes, que na época do crime tinha 17 anos, deve ficar detido no Complexo do Pomeri até completar 21 anos. Benedito Miranda e Hildebrando Passos cumprem pena no presídio do Carumbé. Josuel Correa da Costa, o Jô, susposto intermediador, aguarda o julgamento em liberdade, já que a Justiça revogou a prisão preventiva dele, no dia 14 de dezembro de 2004. Francinei Pereira foi solto um dia depois do julgamento.

Entenda o caso

A empresária Marluce Alves emprestou R$ 32 mil a juros de Trajano de Souza Filho. Como começou a atrasar o pagamento das promissórias, ela passou a ser ameaçada pelo agiota. Amedrontada, Marluce procurou a Delegacia do Porto. Dizendo ter a intenção de ajudá-la, o delegado Edgard Fróes se ofereceu para levar o dinheiro a Trajano.

Marluce teria repassado ao delegado o montante, para que ele saldasse a dívida. Fróes teria se apropriado dos R$ 15 mil e o agiota começou a pressionar Marluce. Contudo, a vítima tinha recibos assinados pelo delegado, que comprovavam a entrega do dinheiro. Com o objetivo de eliminar as provas, Fróes teria contratado, com a ajuda de Josuel Correa da Costa e Benedito Miranda, um pistoleiro para invadir a casa da empresária e roubar os recibos.

No dia 18 de março de 2004, Marluce Alves (53) e Rodolfo Alves (24) foram rendidos por um adolescente armado, na casa deles, que fica na rua Tóquio, no bairro Shangri-lá. Mãe e filho, além do jardineiro da casa, foram colocados de joelhos. Marluce e Rodolfo foram executados com tiros na cabeça. Segundo o Ministério Público, Benedito Miranda esteve no local do crime para se certificar de que tudo estava ocorrendo dentro do planejado.





Fonte: RMT Online

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