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Polícia Brasil
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 07:38
Por: Patrícia Neves

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Duzentos e seis aparelhos celulares foram apreendidos em 2005 somente nas três unidades prisionais instaladas em Cuiabá (penitenciárias do Pascoal Ramos (masculina e feminina) e no Centro de Ressocialização de Cuiabá. O montante indica que a cada 42 horas um celular é flagrado nos presídios. Em 2006, nos três primeiros meses do ano, foram 34 aparelhos e outros 192 carregadores. A estatística é do Comando Regional de Cuiabá (CR-I).

O poder de mobilização que os presos conseguem através deste pequeno aparelho pôde ser avaliado durante o último final de semana, com a onda de atentados a policiais da Grande São Paulo. A polícia admite que um celular vale tanto quanto uma arma dentro de uma penitenciária.

O Pascoal Ramos, a maior unidade prisional do Estado, figura como campeã no número de apreensões. Apesar do trabalho que vem sendo realizado, até hoje o Estado não conseguiu evitar que os aparelhos chegassem às prisões. Sabe-se que os celulares chegam às unidades adquiridos por meio de funcionários corruptos ou de familiares, mas não se consegue evitar que sejam usados. De dentro do Pascoal Ramos, foram articuladas duas grandes ações criminosas no ano passado: o assalto à agência da Caixa Econômica Federal (CEF), em que R$ 195 mil foram levados por 12 homens, e o resgate de cinco detentos da delegacia de Poconé, onde o policial civil Joaquim Alves foi assassinado. Em comum, os crimes possuem também o fato de terem sido articulados por Fausto Fernandes Turgo, o "Faustão", que por medida de segurança foi transferido de Cuiabá para Sinop (500 km da Capital).

O secretário de segurança e sistema prisional, Sebastião Ribeiro, explicou essa semana que o Estado não dispõe de dinheiro para custear a compra de bloqueadores de celulares, já que a tecnologia torna viável a comunicação em locais cada vez mais restritos.

Para ele, o governo federal deveria regulamentar perante as operadoras de telefonia celular equipamentos para impedir a comunicação em perímetros pré-determinados onde estão as unidades prisionais. Defende para tanto a utilização de dinheiro destinado ao Fundo das Telecomunicações (Funtel).





Fonte: A Gazeta

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