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Politica Brasil
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 07:11
Por: Andréa Fontes

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Maria da Penha Lino, ex-assessora do Ministério da Saúde, acusou ontem, no Distrito Federal, o delegado da Polícia Federal (PF), Tardelli Boaventura, que conduz as investigações da operação "Sanguessuga", de ser o responsável pelo vazamento das informações sobre seu depoimento, principalmente no que se refere a nomes de parlamentares.

Penha, em poucas palavras à imprensa de Brasília, logo após terminar seu depoimento à Corregedoria da Câmara, ainda responsabilizou Tardelli por "alguma coisa" que acontecer a ela.

O delegado, que esteve na terça-feira em Brasília também passando informações para a comissão, citou que após encerrar o depoimento de Penha em Mato Grosso, um assessor do advogado dela, Eduardo Mahon, teria levado uma cópia, assim como o Ministério Público. Também foram enviadas cópias para a Câmara e para o Senado.

"A Polícia Federal investigou este esquema de 2004 até 2006 sob sigilo total. Agora, a partir do momento que a operação é deflagrada e se torna pública, principalmente os advogados passam a ter acesso às informações", destacou, afirmando não ser o responsável pelo vazamento de informações para a imprensa.

Penha também ressaltou que foram publicadas informações equivocadas, como o nome da deputada Denise Frossard (PPS), que não participou do esquema.

O relator Robson Tuma (PFL-SP) afirmou que o depoimento de Penha foi "proveitoso", mas, em contrapartida, o do dono da Planam, José Darci Vedoin, não teria acrescentado nada.

Segundo o advogado de Maria da Penha, Eduardo Mahon, sua cliente reafirmou o que já tinha dito sobre envolvimento de parlamentares. Apontou que as listas com informações sobre o esquema já foram entregues ao Supremo Tribunal Federal.

Mahon ainda destacou que os membros da Corregedoria tentaram "desacreditar" sua cliente e que Maria da Penha teria afirmado que "toda pessoa que quiser me desacreditar, será desacreditada em breve".

Também prestaram depoimento ontem à Corregedoria da Câmara Luiz Antonio Vedoin, Alessandra Vedoin, Cléia Maria Trevisan, Gustavo Trevisan Gomes, Ronildo Pereira Medeiros, Alessandro Silva de Assis e Felipe Fernandez Freitas. Por questão de segurança, os depoentes foram ouvidos na Superintendência da Polícia Federal. Os depoimentos foram tomados pelo corregedor-geral, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), pelo relator Robson Tuma (PFL-SP) e pelo deputado Odair Cunha (PT-MG).

Inquéritos - O delegado Tardelli Boaventura confirmou que finaliza hoje os 54 inquéritos envolvendo todas as pessoas que tiveram a prisão decretada no início da operação "Sanguessuga". Na semana passada, Tardelli enviou para a 2ª Vara Federal os 75 inquéritos das prefeituras.





Fonte: A Gazeta

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