Serys e Bezerra negam envolvimento

A senadora petista Serys Slhessarenko disse ontem que as novas informações devem ser melhor investigadas, mas que é improcedente qualquer tentativa de ligação das suas emendas na área de Saúde com o esquema de fraudes licitatórias da Planam. Serys citou que as duas emendas apontadas como de interesse da Planam são do exercício de 2004.

De acordo com a senadora, uma das emendas foi destinada à construção de uma unidade do Programa Saúde da Família (PSF) no município de Campo Novo dos Parecis. O valor dessa emenda foi de R$ 80 mil. A segunda foi para a compra de uma unidade móvel de saúde para o município de Canabrava do Norte. O valor chegou a R$ 104 mil.

Serys comentou que assim que ficou sabendo que seu nome teria surgido no livro-caixa da Planam, ligou para os municípios para os quais as emendas foram destinadas e levantou qual a situação de cada um. A prefeitura de Campo Novo dos Parecis informou à senadora que ainda não utilizou o dinheiro da emenda porque está pleiteando mais recursos para a construção de uma unidade de saúde maior para a cidade. Na prefeitura de Canabrava, a senadora recebeu a informação que foram comprados dois veículos com os recursos.

Já o ex-senador Carlos Bezerra (PMDB) afirmou que como Cuiabá é uma cidade pequena, conhecia o empresário Darci José Vedoin de vista, mas que nem ele ou sua esposa, Teté Bezerra, que tiveram os nomes citados no campo de “contas a pagar” do livro-caixa, não apresentaram emendas para a área de saúde. Bezerra informou que passou a tarde verificando com a Comissão de Orçamento se existiam emendas dele ou de Teté destinadas à compra de unidades móveis de saúde, mas que não encontraram nada.

“Por isso encaminhamos uma certidão da Comissão de Orçamento com essa informação para o corregedor-geral da Câmara e vamos tomar as medidas jurídicas que o caso requer”, destacou Bezerra.