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Cultura
Quarta - 17 de Maio de 2006 às 17:06
Por: Luiz Carlos Mertem

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CANNES - O filme que abre a mostra Um Certain Regard, Paris Je t’Aime, é um projeto coletivo formado por 20 episódios. Um deles é assinado por Walter Salles e Daniela Thomas. Ela está em Cannes e comenta o cenário. A pequena Audrey Tatou chama a atenção ao lado dos grandalhões Hanks, Bettany e Jean Reno, tanto no filme como fora dele... São observações do nosso enviado especial ao Festival de Cannes. Confira.

Walter Salles não participa hoje da montée des marches, a subida da escadaria do Palais, para a inauguração da mostra Um Certain Regard, que abre este ano com Paris Je t’Aime, projeto coletivo do qual ele assina, com Daniela Thomas, um dos quase 20 episódios com que autores de vários países retratam a capital francesa. O modelo parece ter sido o velho Paris Vu par..., dos anos 1960, que tinha Jean-Luc Godard entre os seus autores. O trabalho de Salles e Daniela é lindo, destacando-se mesmo num projeto que supera (e muito) a média artística dos filmes em episódios. É a primeira vez de Daniela em Cannes. Na terça, à tarde, ao entrar pela primeira vez no Palais, ela cunhou uma frase memorável. Olhando aquela profusão de luzes, numa arquitetura pós-moderna de gosto duvidoso (para não dizer cafona), ela não resistiu - “Isso aqui parece o Bingo Augusta!”

A pequena atriz - Audrey Tautou, a Amélie Poulain, interpreta Sophie Neveu, a criptóloga que acompanha Richard Langdon, o personagem de Tom Hanks, na busca pelo Graal que está no centro de O Código Da Vinci, o Evangelho segundo Dan Brown (e, agora, Ron Howard). Audrey é pequeninha, parece uma boneca, mas que ninguém se iluda - “Sou mais dura que Sophie”, ela garante. O filme, aliás, constrói-se sobre a idéia da carência afetiva. Dela, de Langdon e Silas, o monge albino que fornece a Paul Bettany os melhores momentos (e a melhor criação) do Código. Audrey tem 1m50 (1m60, no máximo). Hanks, Bettany e Jean Reno, que também está no elenco, tem todos mais de 1m80. Ainda bem que Sophie, no filme, não beija nenhum. Audrey teria que subir num banquinho.

Polêmica Código da Vinci - Como parte da campanha contra O Código da Vinci, a Igreja Católica exibiu nesta terça-feira, em Roma, um documentário intitulado The Da Vinci Code: A Masterful Deception, contendo ataques ao livro de Dan Brown e ao filme de Ron Howard. O cardeal Francis Arenze, mesmo sem ter visto o filme, pede simplesmente aos católicos que o boicotem. A única voz discordante é a do americano, do Brooklyn, Monsenhor Roberto Sarno. Membro da Congregação para a Doutrina da Fé dos Santos, ele define o livro de Brown como um grande romance e acrescenta que não se pode dizer que tenha sido concebido como um ataque à cristandade.





Fonte: Agência Estado

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